Penso
que a liberdade é um dos fatores que nos caracteriza verdadeiramente
humanos, e como tal, podemos traçar nossas ações cotidianas, nossa
práxis, determinando assim a vida real. Entretanto, a existência
capital torna-se um grande entrave na trajetória da liberdade total.
Como
ser livre ante as correntes que veladamente nos aprisionam à moral
burguesa? Sem princípios éticos, seguimos na maiorias das vezes
tentando ocupar o espaço que socialmente seria do nosso usufruto.
Porém as premissas do capital delimitam o espaço social e o que
fazer para ser na coletividade. Imprimem o egoísmo em cada ser na
sua mais íntima individualidade.
Mesmo
assim, ainda resta a esperança de que “muito já foi feito, mas
vale o que será”. Na sociedade do ter, a práxis capital não
inclui o ser como tal e sim aparências transfiguradas do consumismo
desenfreado.
Se
as transparências são translúcidas, que dirá da democracia, que
permeia a vida cotidiana da classe explorada e ilusoriamente vive as
fagulhas do ter capital e ignora parcialmente a cruel realidade da
convivência social?
“Liberdade,
liberdade, abre as asas sobre nós” e que a cor da ilusão finque
sobre nossa determinação capital de ter escolas e saúde pública
com atendimento padrão de qualidade, para fugir das aparências por
ela determinadas.
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