Depois
de alguns anos de intempestivas turbulências, denúncias para todos
os gostos, puxada de tapete, o ENEM se afirma como alternativa de
vestibular e muda a rotina e prática dos cursinhos profissionais que
se alimentavam do “bizurado” fazer passar. Consolidado e com
grande sucesso se firma no conceito de quem almeja ingressar nas
Universidades Públicas Federais.
De
certa forma, muitos que estudam nas escolas privadas também
estiveram contrários, porém perceberam que o ENEM existe e não há
outro caminho. Quando a classe média passa a valorizar determinada
coisa, pode apostar no sucesso.
Também
é notório que muitas pessoas se mostram de imediato contrárias à
política social de “cotas” e é bom lembrar que somos favoráveis
sim às cotas, porém, as cotas sociais. Somos conscientes da dívida
que o Brasil tem para com a classe trabalhadora, daí apostar nesta
política pública como compensação, mesmo que tardia.
Com
o sucesso absoluto do ENEM / SISU e as formas de ingresso através
das cotas, influencia diretamente o comportamento social e ampliam-se
as buscas por escola secundaristas da rede pública. Isso contribui
muito para a Qualidade da Escola Pública, pois os recém-chegados,
conscientes dos seus direitos, obrigam aos gerentes públicos,
maiores investimentos, qualificação dos professores e tempo para os
planejamentos necessários.
Entretanto,
ainda existe uma longa caminhada para a melhoria da escola
fundamental, muito embora havendo alguns avanços inegáveis. A
falta de estrutura física na maioria das escolas de ensino
fundamental é gritante. Muitas delas desenvolvem projetos, que ao
meu ver são fundamentais, porém não existem as condições
favoráveis e os monitores perambulam com os alunos de um lado para
outro dentro da escola, ampliando assim a falta de atenção e o
desinteresse dos alunos.
A
Grande maioria das administrações municipais para receber mais
verbas, patrocinam uma promoção desenfreada e sem critérios para a
qualificação da educação, catapultam alunos despreparados, muitos
sem saber entender o que decodificam, chegam nas series/anos
seguintes cambaleando com as asas partidas e para disfarçar sua
realidade, aceleram a inquietude e quebram o encanto do aprender. Sem
perspectivas de vida cumprem apenas a frequência do Bolsa Família
na sala de aula.
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