sexta-feira, 29 de julho de 2016

Impasse e Dificuldades dos Ferreira Gomes na Política Eleitoral 2016


Tudo que sobe desce”, assim diz o dito popular e, desta vez existem algumas evidências de que o grupo dos Ferreira Gomes depois de um longo período no comando do Estado tende a uma decrescente perda de capital político no Estado.

O ex-governador Cid Ferreira Gomes, agora no PDT, sim na sigla criada pelo saudoso Leonel de Moura Brizola, enfrenta certas dificuldades em se manter no comando da política cearense.

Com o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff, seu ex-ministro e “fiel” aliado, Cid Gomes enfrenta imensa dificuldade em manter sua hegemonia política no Ceará. Não se pode negar as habilidades dos Ferreira Gomes em dar as cartas. São pessoas muito bem articulas e com um certo “dom” de convencimento através de sua oratória.

Foi assim nas eleições para o Estado em que Cid articula e tira José Guimarães da disputa para o senado, apoiando o atual governador Camilo Santana do PT, mas que segue a cartilha de Cid. Não faz muito tempo o Clã Ferreira Gomes tentou sem sucesso implantar sua irmã, Lia Ferreira Gomes possível candidata em Caucaia, município de grande importância política e econômica no Estado.

Na Princesinha do Norte já foi falado até na possibilidade de Cid Gomes disputar a eleição com temor de perder o pleito para uma certa “cria”, sim em 2014, os Ferreira Gomes Implantaram na Caucaia o atual Deputado Federal Moses Rodrigues que hoje tornou-se um forte opositor com grande chances de ganhar as próximas eleições de Sobral.

Em Fortaleza, seu afilhado político, Roberto Cláudio está ruim das pernas e não consegue demonstrar capilaridade política com vitalidade de conquistar sua reeleição. Embora exista uma grande aliança em volta da candidatura do atual prefeito, paralelo a isso, existe inúmeras dificuldades para a próxima disputa eleitoral. Tanto é verdade que nem o vice da chapa majoritária foi escolhido, mesmo com a ida de Cid Gomes à Brasília buscando em Moroni Torgan, do DEM é claro, o nome desta difícil composição.

O clã Ferreira Gomes enfrenta no embate eleitoral as candidaturas: do Deputado Estadual Heitor Férrer do PDT, ops, PSB mesmo com muitas limitações e pouca capilaridade política eleitoral. Da Deputada Federal e ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins com seu “fusca vermelho” do PT, partido que passa por um “mar astral” de negatividades no conceito de algumas pessoas na sociedade, porém com grande possibilidade de emplacar de novo na periferia da cidade. Do Deputado Estadual e adversário político, Capitão Vagner do PR e o Vereador do PSOL, João Alfredo, representando a rebeldia votante da capital. Certamente não haverá vencedor direto nesta eleição, mas resta-me a dúvida de quais candidaturas estarão no tapete vermelho da disputa no segundo turno eleitoral de 2016.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

O Pragmatismo Afasta as Ideologias da Política


Tudo começou com um grave deslize acontecido em 2005, na Câmara Federal, quando o Partido dos Trabalhadores poderia ter elegido facilmente para a Presidência da Casa um de seus Representastes. Saiu divido entre os Deputados petistas Luiz Eduardo Greenhalgh e Virgílio Guimarães, o mineiro, que lançou-se candidato avulso e ficou na terceira posição e, não mais que de repente, o representante do “baixo clero”, sim, ironicamente o deputado pernambucano do PP, Severino Cavalcante que teve apenas 7 votos a mais que Virgílio disputou e ganhou a eleição de segundo turno daquela casa legislativa.

Dez anos se passaram e o Partido dos Trabalhadores, já cambaleante diante de algumas velhas raposas do cenário político nacional, tenta em nome de uma tal governabilidade, mas perde o comando da Câmara Maior com o Deputado paulista, Arlindo Chinaglia, para o peemedebista e “possível aliado” Eduardo Cunha.

Mais uma vez, depois de dez anos, um mineiro foi determinante para a derrota petista, desta vez, o Deputado Júlio Delgado do PSB, ex aliado do Governo Dilma Rousseff. Pareceu “birra” dos petistas em não apoiarem o deputado PSBista e arcaram com uma fragorosa derrota, além de fortalecer Eduardo Cunha, já não tão possível aliado, e que por conta de alguns entraves do comando governista, torna-se uma pedra no caminho do Governo Central, fragilizado e atingido direto com a crise econômica mundial. Já não é preciso falar mais nada sobre o que aconteceu desta “relação” não tão amistosa.

Implicado com denúncias, réu declarado e afastado de suas funções da presidência da Câmara Federal pelo STF, o Deputado Eduardo Cunha (PMDB – RJ) renuncia ao seu mandato e tenta com múltiplas manobras escapar de uma possível cassação pelos seus pares no plenário da casa.

De repente, outra eleição, desta vez para um mandato dito tampão complementar do biênio 2015 – 2016 e mais uma vez a direita fortalecida sai vencedora e coloca as ideologias distantes das disputas políticas e republicanas em nome de um cego pragmatismo.

Outra vez o velho e surrado ditado de que a esquerda só se une na cadeia vem à tona. O PT com 55 Deputados não indicou nenhum nome e declarava bravamente que não votaria em quem apoiou o “golpe” do impedimento da afastada Presidente Dilma Rousseff, mas terminou por fortalecer a candidatura “vitoriosa” do Deputado Rodrigo Maia (DEM – RJ), antigo e ferrenho Inimigo político.

Vejo isso como um grande erro das ditas “esquerdas”, que mais uma vez saiu dividida e derrotada. A Deputada Luíza Erundina (PSOL – SP) seria de cara a representante deste bloco de boa representação na casa, que somaria uns 93 votos e com um pequeno esforço, estaria no segundo turno, onde o Deputado do centrão, Rogério Rosso (PSD – DF) atingiu apenas 106 votos e Rodrigo Maia liderou com 120 votos.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Fugas e Rebeliões


Um certo locutor da radiofonia cearense disse que as agitações que andam acontecendo nos presídios do estado, não passam de insatisfação dos presidiários à gestão do atual Secretário de Segurança, Delci Teixeira.

Eu, na minha "santa" ingenuidade, fico a pensar: agora são os foras da lei que determinam o funcionamento do Estado?

Com a palavra as autoridades competentes.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Antigão X Falta do Que Fazer?


Causa-me estranheza e a mais profunda tristeza, observar o nível das discussões no Legislativo Estadual do Ceará. Às vezes penso que a grande maioria dos parlamentares que por lá habitam, estão necessitando urgentemente de um curso básico de Legislação, argumentação e oratória.

Pasmem, parece mentira, mas é a mais pura verdade. Um certo deputado foi chamado de antigão e, como tal parlamentar se intitula o arauto da moralidade, exigiu a priori que a palavra antigão fosse retirada dos anais da Assembleia Legislativa. Não consigo entender como alguém que por muitos é chamado de Odorico Paraguaçu pela forma como o mesmo tenta engabelar os demais e o povo, cometa tamanha aberração. Somente a falta do Legislar pode ocasionar abobrinhas nas sessões de um Plenário Legislativo.

Senhores deputados, melhorem seus argumentos e façam valer seus mandatos que lhes foram outorgados pela massa representante nata da ingenuidade humana, o senso comum.