sábado, 23 de maio de 2020

O Traquezinho debaixo da lata de sardinha?


De repente se gerou grandes expectativas sobre o vídeo “bomba” que na realidade não passou de um traquezinho embaixo de uma lata de sardinha. Ainda não entendi o porquê do estranhamento sobre as irresponsabilidades gravadas na reunião desqualificada do “comando” na nação brasileira.

Quem não lembra do período antes da eleição presidencial em que um dos “zero” dizia claramente que para fechar o STF bastava dois soldados e um cabo?. Para quem acompanha as sessões da Câmara dos Deputados e a vida política nacional não ha nenhum estranhamento, pois 28 anos de “apenas usufruindo do dinheiro público sem nada ou quase nada produzir, além das escandilices proferidas contra Deputados, tipo “não te estupro porque você não merece” dita contra a Deputada Maria do Rosário para ficar apenas com este absurdo que a Câmara Maior não tomou as devidas providências.

O traquezinho debaixo de uma lata de sardinha serviu para justificar a falta de ética do senhor Sérgio Moro em gravar reunião. Será que agir assim é ser ético e merecedor do respeito da população? Desconfio que isso só justifica a forma antiética em que tal senhor conduz as condenações que levaram o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, à prisão. Provas forjadas e sem comprovação de verdade. Caso o senhor Moro não faça sua defesa contundente trazendo provas cabais e não apenas convicções entrará brevemente para o esquecimento coletivo de população que acreditava ser ele o paladino da moralidade.

Diante das expectativas de ditadura antecipadamente anunciada, sigo assistindo a “quase tudo” bestializado e perplexo como é grande a necessidade de investimento em educação pública e de qualidade social no Brasil.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

O Avança da EaD e a Profissão dos Professores



Ando muito preocupado com a função de professor depois da pandemia. Isso porque ainda existem muitos colegas que atuam de forma precarizada prestando serviço e com o “avanço” da substituição das atividades presenciais por “EaD”, isso mesmo, como o Conselho Estadual de Educação do Estado do Ceará – CEE denominou, sinto que viveremos ainda mais agravada a precarização das condições destes profissionais que se dão de corpo e alma para a educação.

Apesar de achar que o Ano Letivo de 2020 está comprometido, não posso deixar de considerar os decretos governamentais e as deliberações dos órgãos normativos e fiscalizadores, todavia, não denominaria EaD assim como fez o CEE nesta complexa situação momentânea vivenciada neste período da pandemia do Coronavírus. Creio ser razoável utilizar-se de nomenclaturas outras, como: Atividades Não Presenciais, Atividades Remotas, assim como deliberou o Conselho Municipal de Educação de Caucaia – CMEC, mas, nunca Educação à Distância. A EaD tem critérios diferenciados das atuais práticas escolares. Queria aqui defender a necessidade da EaD na Formação e qualificação dos profissionais da Educação Pública através da Universidade Aberta do Brasil – UAB. E não poderia pensar diferente, até porque atuo há anos como Tutor Presencial e percebo a dedicação e compromisso dos profissionais envolvidos na formação social e socialização do saber.

Vejo que, assim como nas demais modalidades de Ensino, existem aqueles alunos que se destacam na EaD e que tiram o melhor proveito do seu tempo e do que está sendo ensinado dentro da hierarquia das desigualdades educacionais.

Vivemos numa sociedade capitalista e por isso existem também as múltiplas opções de escolha, então a rede privada tem todo o direito garantido nas leis do país de ocupar o seu espaço, todavia, existem por aí “alguns mercadores da educação” que se aproveitarão da situação atípica da pandemia do coronavírus para reduzir seus professores em detrimento da implementação da EaD no Ensino Básico Regular e espero estar completamente enganado e torcendo para que o contrário aconteça, todavia, o Estado brasileiro seguirá na mesma direção numa linguagem mercadológica de que devemos recuperar a economia do país.

Muito se pensou e muitas normativas forma deliberadas sobre como recuperar os dias letivos parados para tentar não prejudicar o ano letivo de 2020 e não entrar 2021 com turmas 2020 por conta do Isolamento Social. Infelizmente esqueceram de mencionar nas normativas a preocupação com as desigualdades. Nossa sociedade não é uma linha reta.

Nos princípios de ensino da Constituição Federal Brasileira do 1988 no seu artigo 206 e no artigo 3º da Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional – LDBEN prescreve que se deve garantir igualdade de condições de acesso para todos.

São pensamentos meus que parecem a cada dia mais reais neste momento da pandemia da COVID-19 e crise da Saúde Pública e Econômica brasileira.



Crédito Imagem: Internet - santo google