terça-feira, 31 de julho de 2012

Estratégia ou Contradição?


Assistindo com grande pesar a derrocada das ideologias no tabuleiro político eleitoral brasileiro. Acreditei nos sonhos de uma ideologia com caráter social voltada para a grande maioria do povo, que sofre as desilusões do vil metal, entretanto, vejo abertamente as faces poderosas perderem seus disfarces ilusórios na perspectiva de iludir-se pelo poder a todo custo. Quando militei partidariamente, mesmo como simpatizante, divergia muito da cúpula burocrática do partido e, percebendo a força dominante, preferi afastar-me das lutas cotidianas implantadas pelos comandantes, que quase sempre não apareciam nas ondas populares.
Não posso aceitar “calado” tal desfaçatez e, caminhar lado a lado com minhas discordâncias, portanto, abro o verbo para que sons ecoem nos meus ouvidos como forma de protesto. Difícil aceitar uma grande instituição política nacional como a UNE apoiando eleitoralmente as elites paulistas, que sempre lutaram contra as reivindicações da classe trabalhadora. Mas do outro lado as esperanças parecem-me afastadas das ideologias libertárias, pois assistimos cotidianamente as lutas para gerenciar o capital.
Nenhuma novidade na aliança eleitoral em busca de tempo na mídia, entre Lula e Maluf, pois o poder central já havia associado o “senhor corrupção &; Cia Ltda” a governabilidade da Presidência da República, isso é fato.
Também não me assustei com a declaração do ex presidente Luis Inácio Lula da Silva dizendo que nunca foi de esquerda. Entretanto, não posso negar sua importância política para construirmos a Democracia Brasileira, como também a forma preferencial feita por ele ao gerenciar o capital, mesmo contando com o apoio das elites, não distanciou-se do povo menos favorecido, desprovidos das benesses do capital e, isso o credencia como líder nato no tabuleiro político brasileiro.
Todavia, será a “Realpolitik” uma força ideológica de dominação das elites capitalistas com o intuito de afastar o povo das lutas políticas? Será uma imposição no processo de acomodação na trajetória de quem busca uma nova forma relacional no contexto social? Como lutar coletivamente em busca de transformar o sistema hierárquico das desigualdades, se as mentes “iluminadas” desviaram a trajetória da revolução? Será que as amarras do vil metal promovem um aniquilamento das utopias?
Prefiro acreditar na lide cotidiana, mesmo que isso represente uma gotinha de esperança na construção de uma Sociedade de Novo Tipo.
Se muito vale o já feito, mais vale o que será”. Assim falou o poeta.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O Debate Político nas Redes Sociais


Vivemos a iniciante efervescência da propaganda partidária nas redes sociais, entretanto já existem pessoas contrárias a tal movimento, esquecendo a riqueza dos debates que podemos iniciar e mudar a concepção de política. A Política como a arte de tratar as coisas públicas com foco na coletividade. Devemos desfazer a errónea concepção de 'política' que grande maioria da população tem e com muita razão sobre os atuais gerentes e legisladores, que na maioria das vezes honram seus mandatos, e cobrar dos candidatos uma postura republicana no trato de sua(s) futura(s) legislatura(s).
Faz-se necessário transformar a máxima popular de que política, futebol e religião não se discute. A hora é agora! Devemos procurar conhecer a política que gira em torno do nosso ser social e, conhecendo a sua etimologia, imprimir um debate 'acalorado' como forma de contribuir para melhorar a qualidade dos ditos representantes do povo. Se nós é quem votamos, devemos querer o melhor para gerir e ou legislar a maioria da coletividade na cidade. Alguns nomes estão postos no tabuleiro eleitoral e muitos deles tem um passado de luta em determinado campo social, portanto, ignorar a lide dos candidatos (pessoas) que dedicam parte de suas vidas em funções sociais, é negar em si a capacidade de escolha.
Na sociedade capitalista vai sempre existir os dominantes, a classe burguesa e, os 'dominados' hierarquicamente na sociedade, os que delegam poderes a muitos pela empatia, pela amizade e esquecem que fazemos parte de um todo para premiar o particular.
É fundamental alterar a lógica da dominação, pois se delegamos poderes, temos força social e, como sujeito exigir as necessidades imediatas da grande maioria que sofre pelo descaso de maus gerentes, dos déspotas em grande maioria, não tao esclarecidos.
Como diz a campanha da CNBB: “voto não tem preço, voto tem consequência”. Conscientes do nosso papel social devemos agir como se fossemos os intelectuais orgânicos de Gramsci, buscando despertar no senso comum o bom senso adormecido. Sem arrogância e sem o intuito de 'donos' da verdade, todavia, com ponderações plausíveis não com caráter de dominação de convencimento, mas sempre numa realidade dialógica que imprima no outro o sujeito de sua história.

terça-feira, 3 de julho de 2012

A Hora de Mostrar Ações é Agora!


Lamentável a postura do senhor Ministro da Educação, professor universitário Aloizio Mercadante em relação a greve dos servidores e professores das universidades federais. Parece-me intencional “empurrar com a barriga”, vivenciar as férias de julho, no sentido de desgastar a luta dos professores. Providências urgentes são necessárias no sentido de minimizar a agonizante situação que passam as Universidades Federais e o conjunto de trabalhadores e professores, caso contrário as Universidades não poderão mais exercer o papel social para a coletividade acadêmica.
Continuo no campo das lamentações, agora em relação a postura antidemocrática do governador Jaques Wagner que esqueceu sua militância sindical e demite professores grevistas. Gostaria de lembrá-lo que nem na ditadura militar, grevista foram demitidos. O Paraguai não é aqui!
Acredito que o senhor governador da Bahia está muito mal assessorado, pois ignora a constituição e age com mãos de ferro, pedindo que professores voltem ao trabalho, para então começarem as negociações. Cara pálida quem pensa e age assim. Se teve intenção de conversar com a categoria, deveria ter evitado o movimento grevista e respeitado a classe trabalhadora, negociando antes do movimento paredista dos professores, que segundo a presidenta Dilma em seu discurso de posse, disse são eles as reais autoridades da educação.
É preciso que esse povo que ora gerencia o capital rever o seu passado recente, passado de militância política e, deixar de agir como se ditador fosse. 
 Aqui no Ceará, o senhor governador Cid Gomes, também não teve sensibilidade para evitar o movimento paredista, pois ficou protelando até as últimas consequências e, no momento agonizante da greve, os professores foram literalmente massacrados numa manifestação na 'casa do Povo' cearense, onde professores saíram ensanguentados por não poderem exercer seus direitos constitucionais, tudo isso com o apoio 'legal' do presidente da Assembléia Legislativa.
Se as finanças não andam 'boas das pernas', porque então não falta dinheiro para propagar suas falácias e concessões? Respeito é fundamental e pedimos que os atuais gerentes do capital sejam humanos e republicanos, no sentido de promoverem políticas públicas, atendendo as necessidades imediatas da população, dando dignidade à população, aos funcionários públicos e, ignorem promoções pessoais e ou governamentais.