sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O Poder Capital Nega a Sensibilidade Social


A exploração do capital torna-se cada vez mais evidente nos tempos da virtualidade, da tecnotrônica, da robótica, e sem percepção diante das líquidas e voláteis relações, seguimos coletivamente aprisionados aos modos de produção e pressão, anestesiados pelas coisas do ter que na maioria das vezes liquida o ser.

Faz-se necessário e imediato o desenvolvimento humano no sentido da desconstrução do capital como sistema de dominação, eliminando de vez as desigualdades hierárquicas abismais das relações capitalistas.

A sofística aplicada pelo capital permeia o inconsciente humano na vã esperança do poder ter e de poder ser mais forte na condução das relações, todavia, seguem-se as esperanças sempre adiadas nas lides cotidianas da massa.

O fato é tão gritante e engabelador no conduzir social, que muitos nem se apercebem das irresponsabilidades patrocinadas por alguns gestores da república contemporânea.

Não faz muito tempo o senhor Governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes (PROS), contratou um rico “bufet” com as mais inusitadas iguarias e apuradas degustações alegando, que deveria sim, receber “bem” as mais diversas pessoas do mundo que por aqui passassem em visitação. Tratar bem, nada contra, mas por que então fazer uso de dois pesos e duas medidas?

Contrastando as guloseimas palacianas, seguem famintas as pessoas interioranas atingidas pelas intempéries climáticas, que não tiveram por parte dos gerentes as mesmas atenções que gozaram os visitantes estrangeiros. Como disse o poeta: “O Sertão continua ao Deus dará”.

Já não bastasse a grave crise nos presídios maranhenses, por pura incompetência do poder público, que se nega a investir em Educação Pública e de Qualidade Social, além de não cuidar das precariedades sociais, a senhora governadora Roseana Sarney (PMDB) faz a farra gastronômica na mais deslavada imitação das práticas do palácio Iracema, ignorando a situação periclitante de seu Estado. É difícil entender como seres, a priori humanos, praticam as mais deselegantes falta de sensibilidade social quando estão no comando da coisa pública e praticam as “farras” midiática para demonstrar seus podres poderes.

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