A
exploração do capital torna-se cada vez mais evidente nos tempos da
virtualidade, da tecnotrônica, da robótica, e sem percepção
diante das líquidas e voláteis relações, seguimos coletivamente
aprisionados aos modos de produção e pressão, anestesiados pelas
coisas do ter que na maioria das vezes liquida o ser.
Faz-se
necessário e imediato o desenvolvimento humano no sentido da
desconstrução do capital como sistema de dominação, eliminando de
vez as desigualdades hierárquicas abismais
das relações capitalistas.
A
sofística aplicada pelo capital permeia o inconsciente humano na vã
esperança do poder ter e de poder ser mais forte na condução das
relações, todavia, seguem-se as esperanças sempre adiadas nas
lides cotidianas da massa.
O
fato é tão gritante e engabelador no conduzir social, que muitos
nem se apercebem das irresponsabilidades patrocinadas por alguns
gestores da república contemporânea.
Não
faz muito tempo o senhor Governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes
(PROS), contratou um rico “bufet” com as mais inusitadas iguarias
e apuradas degustações alegando, que deveria sim, receber “bem”
as mais diversas pessoas do mundo que por aqui passassem em
visitação. Tratar bem, nada contra, mas por que então fazer uso de
dois pesos e duas medidas?
Contrastando
as guloseimas palacianas, seguem famintas as pessoas interioranas
atingidas pelas intempéries climáticas, que não tiveram por parte
dos gerentes as mesmas atenções que gozaram os visitantes
estrangeiros. Como disse o poeta: “O Sertão continua ao Deus
dará”.
Já
não bastasse a grave crise nos presídios maranhenses, por pura
incompetência do poder público, que se nega a investir em Educação
Pública e de Qualidade Social, além de não cuidar das
precariedades sociais, a senhora governadora Roseana Sarney (PMDB)
faz a farra gastronômica na mais deslavada imitação das práticas
do palácio Iracema, ignorando a situação periclitante de seu
Estado. É difícil entender como seres, a priori humanos, praticam
as mais deselegantes falta de sensibilidade social quando estão no
comando da coisa pública e praticam as “farras” midiática para
demonstrar seus podres poderes.
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