segunda-feira, 28 de maio de 2012

A Mãe da Democracia agora presa a UE


A União Europeia está forçando a Grécia a tomar medidas bastante impopulares como reduzir gastos com aposentadorias, diminuir o valor do atual salário mínimo e tornar-se uma economia mais competitiva, flexibilizando leis trabalhistas e diminuindo o número de funcionários públicos e aumentando a idade das aposentadorias e os impostos.
Tais medidas “antipáticas e bárbaras”, chamada pela UE de austeridade fiscal, já tinham sido adotadas pelo governo grego e o povo foi às ruas para falar de sua indignação diante de uma crise europeia e uma cobrança brutal com queda no estilo de vida adotado pelo povo grego. Antes os criadores da democracia, agora são obrigados a ficar no grupo da União Europeia e pagar uma conta altíssima pela permanência forçada. Caso a Grécia resolvesse se afastar do grupo seu povo tinha uma dívida bem mais suave, entretanto a UE não permite sua saída, pois isto provocaria uma despencada em cascata deste grupo que tem como moeda comum o euro.
Antes mesmo de entrar na zona do euro a Grécia já gastava mais que sua arrecadação, que só aumentou com a entrada no grupo do euro, onde os salários dos funcionários praticamente dobraram e a evasão continuava amplamente praticada. Isso tornava sua economia estagnada e sem condições de sair de uma crise econômica global estourada em 2008.
A Grécia não pode reduzir sua moeda e deixar suas exportações mais competitíveis, uma vez que está na zona do euro e, com isso podendo entrar numa “braba” recessão o que inviabilizaria o aumento de impostos. Se quer pode declarar uma moratória, pois se assim agir teria como seguidor Portugal e Irlanda, o que não seria interessante para a UE. O que aumentaria as chances da Espanha com sua economia equivalente a dos três países mencionados juntos, enveredar pelo mesmo caminho, o que seria o verdadeiro fracasso do grupo, da Alemanha de Angela Dorothea Merkel. Tal imposição de austeridades na UE já valeu a cabeça de Nicolas Sarkozy na França e do socialista François Hollande.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Subjetividade Kantiana


kant inicia assim a Crítica da Razão Pura: “Não há dúvida de que todo o nosso conhecimento começa com a experiência;... nenhum conhecimento em nós precede a experiência e todo conhecimento começa com ela... nem por isso, todo ele se origina justamente da experiência”. Isso vale dizer que uma parte do nosso conhecimento se forma a partir de impressões que nos chegam do mundo dos fenômenos e formam o núcleo empírico do conhecimento, o “a posteriori”. Mas existe também o núcleo “a priori”, isto é aquele conjunto de condições que existem de forma pura em nossa mente, antecedendo a qualquer contato com o mundo. Surgem daí os conceitos puros, isto é os que são elaborados independentemente da experiência.
Conclui-se, portanto, segundo Kant, que há um conjunto de condições prévias existentes no sujeito, a priori, determinado de antemão a maneira segundo a qual os dados fornecidos pela sensibilidade irão ser conduzidos no processo cognitivo. Isto implica a existência no sujeito de dispositivos interpretadores das manifestações dos fenômenos em estreita correlação com a própria existência do mundo fenomênico. Por outras palavras, as mensagens provenientes do mundo não são automaticamente captadas por um intelecto “passivo” (como afirmava a metafísica clássica), mas recebem um ordenamento determinado pelo aparelho mental daquele que as percebe. Esses dispositivos presentes no sujeito, de forma a priori são de dois tipos, assim denominamos por Kant: as formas puras de sensibilidade ou intuições puras e os conceitos puros do entendimento ou categorias. Essa nava maneira de se entender o sujeito como elemento ativo do processo de conhecimento, fato que constitui o ponto central da revolução gnosiológica preconizada por Kant ficou sendo conhecida como o fenômeno da subjetividade.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Política como Forma Humanitária de Vida



A política deveria ser uma atividade vital na consciência do ser humano. Entretanto a massa se distancia por conta da falta de consciência crítica e do real valor que se tem enquanto força vital dos bens materiais produzidos. Com tantas visões deturpadas pela prática nefasta da politicalha que implanta no senso comum uma ojeriza à política, muda completamente as distorções de políticas públicas tanto dos conservadores e reacionários, como também algumas práticas antes voltadas para a defesa e liberdade das massas, fazendo uso de uma terminologia popular, que particularmente não concordo – os chamados de direita e esquerda. Até parece que hoje na política “todos são iguais”, pois defendem na sua grande maioria os direitos dos grandes mandatários do capital internacional e, nega as forças produtivas que realizam os bens materiais em detrimento dos bens humanitários tão necessário no seio das massas.
Conhecer nas entrelinhas os meandros das práticas dos “ditos representantes do povo” para reivindicar ações éticas e que fortaleçam a cidadania e, não apenas aceitar as falácias existentes que quase sempre negam atendimentos efetivo aos cidadãos.
Desprovida das benesses e culturalmente arraigada das explorações cotidianas a massa vai à igreja para justificar através das transcendências os seus fracassos e suas vitórias, na sociedade que se apropria da mais valia.
A crise do desemprego e a informalidade, norteiam o desinteresse do povo por política de tal forma, que instintivamente passa a criticar sem conhecimento de causa, e facilmente transfere sua crítica de acordo com as imagens das grande mídias, que escolhe a “bola da vez” ou a agenda momentânea.
Santa ingenuidade! Acreditar que os políticos de plantão irão fazer a diferença, é apostar todas as fichas em cada eleição como forma de minorar as agruras sofridas, sem saber que a força está na união das massas em busca de transformações coletivas. Erradicar as falcatruas e os desmandos dos gerentes do capital já seria um compromisso de estar vigilante às práticas antiéticas.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A Rio+20 e as Desilusões Antecipadas



Com o histórico recente da aprovação do código dos ruralistas, onde deveria ter sido aprovado o novo código florestal, o Brasil vive a incerteza de políticas públicas de desenvolvimento sustentável e ainda conta negativamente as metas não cumpridas da Rio 92, sem falar que países dito desenvolvidos, andam muito distantes de assinarem compromissos com tal desenvolvimento sustentável, pois se negam a diminuir suas emissões de gazes do efeito estufa, aquecendo ainda mais as temperaturas terrestres, fortalecendo assim a ideologia ruralista dos congressistas descompromissados com um amanhã possível no planeta azul.
Os Estados Unidos não assinaram o protocolo de Kyoto, e suas ações antiecológicas expiraram as esperanças humanas em vida planetária? Como pensar racionalmente uma dobradinha viável entre crescimento econômico e ações ambientais?
Penso que nestas condições a Rio +20 não será o espetáculo que os verdes aguardam e o planeta azul merece.

terça-feira, 1 de maio de 2012

1º de Maio – Lutas, Luto e Saudades...


Em Chicago no dia 1º de maio do ano de1886 os trabalhadores construiram condições de lutas, universalizadndo assim a busca incansável por dias melhores, hoje a Europa vai às ruas para lutar contra a exploração e o desemprego que mudou radicalmente a vida e a cultura européia.
Na Itália no dia 1º de maio do ano de 1994 durante o Grande Prêmio de San Marino, no Circuito de Ímola, Ayrton Senna, heroi nacional e tricampeão mundial, dá adeus as alegrias dominicais dos brasileiros numa batida a 300km/h, na curva de Tamburello.
Na capital federal, no dia 1º de maio de 1934, o Presidente Getúlio Vargas promulga a CLT. Hoje milhares de trabalhadores brasileiros “vivem” na informalidade.
Em Parazinho no dia 1º de maio do ano de 1992 dona Socorro Amaral dá seu último adeus aos seus familiares e amigos, depois de uma longa caminhada na Educação, como diretora escolar.
O contentamento de aliar-se a inesquecível dona Zilda Arns na pastoral da criança, onde dedicou parte de sua vida a ajudar o desenvolvimento de crianças carentes. Utilizando-se de uma vasta experiência como Ministra da Eucaristia, contribuiu para a transformação das precariedades humanas e para uma nova vida cheia de transcendências e esperanças num mundo mais fraterno para que as pessoas fossem mais felizes. Hoje celebramos a saudade, que permanece viva nas mentes de todos que fazem a família Amaral...