sábado, 1 de fevereiro de 2014

A Crise Capital Invadindo os Espaços Sociais


Ao caminhar a noite pelas ruas periféricas da Fortaleza, que já foi bela, facilmente percebemos que as calçadas foram tomadas por parte daqueles excluídos do mercado de trabalho, que expõem mesas rodeadas de pessoas bebendo e comendo os pratinhos da vizinha. Enquanto isso, os transeuntes disputam com os carros o que resta do espaço no preto e frio asfalto.

Simpatizo muito com a criatividade do povo brasileiro driblando a crise para sobreviver, e se a burguesia invadiu minha “praia”, expropriando terras e casebres, por que não fazer parte desta desordenada política de apropriação indébita?

É bem verdade que a cidade perde com isso sua beleza, e Tais acontecimentos deixam claro a falência da conivência harmônica na sociedade capitalista, pois cada um tenta de forma particular ocupar os espaços da coletividade.

Mesmo assim, o povo “feliz” desfila a caminho ermo e destila suas dores nas mesas expostas em calçadas, desfrutando a brisa leve da boêmia noite Fortalezense.

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