segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A Copa Seguirá Ante às Manifestações Populares


Eu acredito muito na rebeldia da juventude, no desejo voluntário de manifestar-se, de lutar revolucionariamente pela transformação da exploração capital. Neste sentido, defendo as ruas cheias de todo o colorido juvenil, reivindicando tudo o que se encontra pela metade. É preciso ter dignidade e sem Educação e Saúde Pública de Qualidade Social, sem moradia digna, sem Saneamento Básico etc. & Tal, a dignidade cidadã se faz na maioria das vezes apenas no votar.

Neste último sábado (25), aconteceu em Sampa, a primeira manifestação organizada pelo movimento: “Não vai ter Copa”, que reclamam os excessivos gastos com estádios – de acordo com os organizadores do movimento, chegará aos ricos 30 milhões de reais – que serão administrados por empresas privadas e segundo os manifestantes, vão continuar até “barrar a Copa”.

Legítima reivindicação, mas se reclamam os gastos da Copa, acredito que estão temporariamente fora de órbita, pois desde 2003, 2006 e em 2007 com a visita dos fiscais da imoral FIFA, foi confirmada sua realização no Brasil. Talvez nos anos que antecederam seria por demais válida a frase: “Se Não Tiver Direitos Não Vai Ter Copa”. Por que somente agora, quando já foram gastos os ricos dinheiros públicos, acontecem as cobranças?

Realmente, temos uma excessiva carga tributária para poucos direitos, pois não existem investimentos maciços nos direitos sociais, e para fortalecer o capital, pagamos escola e saúde complementares. Por isso concordo que devemos reivindicar de imediato a construção de escolas e hospitais públicos que atendam a toda sociedade com padrões de qualidade. Concordo parcialmente com tal afirmação: “Dessa Copa eu abro mão, eu quero é mais dinheiro para a saúde e educação”.

É bem verdade que o Estado capitalista não tem nenhum interesse em desenvolver as mentes exploradas. E investimentos como Carnaval, Copa do Mundo; a bola rola paralela à exploração, porém na maior diversão, o povo grita “gooool”e literalmente samba no asfalto, derramando o suor da alegria anestesiada.

O Estado Burguês é genuinamente opressor e arbitrário, portanto, defensor dos bens materiais das elites dominantes. E neste instante de boas reivindicações é preciso consciência sobre o papel de cada um na coletividade, e pleitear a sociedade que melhor nos convêm, ou seja, a Sociedade de Novo Tipo. Porém com estratégias fundantes no respeito aos direitos de outros tantos que gostam de futebol, conclama-se para a consciência real afim de eliminar todo o capital conservador. Sem no entanto, interromper o processo em andamento que deverá ser aliado ao período eleitoral.

Utópicos podemos ser, mas visionários nunca. Pois conscientes, estamos combativos na busca de novas formas relacionais e revolucionárias, sem no entanto almejar de imediato a revolução armada.

A Copa do Mundo 2014 vai acontecer e será um espetáculo midiático voltado para todo mundo saber da vitalidade e rebeldia juvenil no país Brasil.

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