Eu
acredito muito na rebeldia da juventude, no desejo voluntário de
manifestar-se, de lutar revolucionariamente pela transformação da
exploração capital. Neste sentido, defendo as ruas cheias de todo o
colorido juvenil, reivindicando tudo o que se encontra pela metade. É
preciso ter dignidade e sem Educação e Saúde Pública de Qualidade
Social, sem moradia digna, sem Saneamento Básico etc. & Tal, a
dignidade cidadã se faz na maioria das vezes apenas no votar.
Neste
último sábado (25), aconteceu em Sampa, a primeira manifestação
organizada pelo movimento: “Não vai ter Copa”, que reclamam os
excessivos gastos com estádios – de acordo com os organizadores do
movimento, chegará aos ricos 30 milhões de reais – que serão
administrados por empresas privadas e segundo os manifestantes, vão
continuar até “barrar a Copa”.
Legítima
reivindicação, mas se reclamam os gastos da Copa, acredito que
estão temporariamente fora de órbita, pois desde 2003, 2006 e em
2007 com a visita dos fiscais da imoral FIFA, foi confirmada sua
realização no Brasil. Talvez nos anos que antecederam seria por
demais válida a frase: “Se Não Tiver Direitos Não Vai Ter Copa”.
Por que somente agora, quando já foram gastos os ricos dinheiros
públicos, acontecem as cobranças?
Realmente,
temos uma excessiva carga tributária para poucos direitos, pois não
existem investimentos maciços nos direitos sociais, e para
fortalecer o capital, pagamos escola e saúde complementares. Por
isso concordo que devemos reivindicar de imediato a construção de
escolas e hospitais públicos que atendam a toda sociedade com
padrões de qualidade. Concordo parcialmente com tal afirmação:
“Dessa Copa eu abro mão, eu quero é mais dinheiro para a saúde e
educação”.
É
bem verdade que o Estado capitalista não tem nenhum interesse em
desenvolver as mentes exploradas. E investimentos como Carnaval, Copa
do Mundo; a bola rola paralela à exploração, porém na maior
diversão, o povo grita “gooool”e literalmente samba no asfalto,
derramando o suor da alegria anestesiada.
O
Estado Burguês é genuinamente opressor e arbitrário, portanto,
defensor dos bens materiais das elites dominantes. E neste instante
de boas reivindicações é preciso consciência sobre o papel de
cada um na coletividade, e pleitear a sociedade que melhor nos
convêm, ou seja, a Sociedade de Novo Tipo. Porém com estratégias
fundantes no respeito aos direitos de outros tantos que gostam de
futebol, conclama-se para a consciência real afim de eliminar todo o
capital conservador. Sem no entanto, interromper o processo em
andamento que deverá ser aliado ao período eleitoral.
Utópicos
podemos ser, mas visionários nunca. Pois conscientes, estamos
combativos na busca de novas formas relacionais e revolucionárias,
sem no entanto almejar de imediato a revolução armada.
A
Copa do Mundo 2014 vai acontecer e será um espetáculo midiático
voltado para todo mundo saber da vitalidade e rebeldia juvenil no
país Brasil.
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