Uma
das características primordial da humanidade moderna capitalista é
formatada na concepção de que os seres humanos nascem livres para
no seu individualismo, estabelecer a hierarquia de poderes e
egoísmos. Não podendo viver harmonicamente em sociedade, uma vez
que a liberdade individual estabelecida não compreende a democracia
como poder universal.
Por
conta de tal liberdade e egoísmo individual, a sociedade moderna se
declara impotente para viver em sociedade, onde os interesses
particulares sobrepõem a convivência coletiva estabelecendo assim
total e absoluto caos, gerando uma violenta e apaixonada guerra na
convivência humana, mesmo sendo considerada essencialmente cristã.
A
incapacidade de sociabilidade coletiva impõe autoritariamente um
“Leviatã”, (um monstro mitológico, bíblico) ou o Estado como
soberano controlando o estado de natureza humana, onde “o homem é
o lobo do próprio homem”, segundo Thomas Hobbes, para que não
aconteça o fim da humanidade. Depois de uma longa e histórica
caminhada o homem se encontra isolado em seus devaneios e sem a menor
condição de realização de projetos coletivos. Estabelece um pacto
pela sociabilidade humana.
Diante
de sua impotente condição ético social e, sedento da ordem
hierárquica, uma vez que não seja possível o prazer da convivência
humana, este homem moderno delega poderes ao Estado, que irá
controlar seus desejos e emoções, evitando assim as arbitrariedades
individuais, para viver sob a tutela de um “governo soberano” que
lhe impõe condições hostis, mas necessárias para o seu
reconhecimento.
A
santa ingenuidade moderna padece suas agruras nas mãos da classe
política dominante e reclama a falta de ética e da moral
estabelecida na sociedade contemporânea. Mesmo assim, vive
elaborando quiméricos e instantâneos projetos de salvadores da
pátria e, escolhendo quase sempre uma falsa representatividade para
a sociedade que a cada momento nas líquidas relações modernas,
cria um novo 'Deus'. Talvez por falta ou excesso de credibilidade nas
transcendências, na mitologia e na ação potente governamental.
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