sexta-feira, 31 de maio de 2013

As Paixões e o Egoísmo Humano Determinam o 'Leviatã'


        Uma das características primordial da humanidade moderna capitalista é formatada na concepção de que os seres humanos nascem livres para no seu individualismo, estabelecer a hierarquia de poderes e egoísmos. Não podendo viver harmonicamente em sociedade, uma vez que a liberdade individual estabelecida não compreende a democracia como poder universal.

         Por conta de tal liberdade e egoísmo individual, a sociedade moderna se declara impotente para viver em sociedade, onde os interesses particulares sobrepõem a convivência coletiva estabelecendo assim total e absoluto caos, gerando uma violenta e apaixonada guerra na convivência humana, mesmo sendo considerada essencialmente cristã.

       A incapacidade de sociabilidade coletiva impõe autoritariamente um “Leviatã”, (um monstro mitológico, bíblico) ou o Estado como soberano controlando o estado de natureza humana, onde “o homem é o lobo do próprio homem”, segundo Thomas Hobbes, para que não aconteça o fim da humanidade. Depois de uma longa e histórica caminhada o homem se encontra isolado em seus devaneios e sem a menor condição de realização de projetos coletivos. Estabelece um pacto pela sociabilidade humana.

      Diante de sua impotente condição ético social e, sedento da ordem hierárquica, uma vez que não seja possível o prazer da convivência humana, este homem moderno delega poderes ao Estado, que irá controlar seus desejos e emoções, evitando assim as arbitrariedades individuais, para viver sob a tutela de um “governo soberano” que lhe impõe condições hostis, mas necessárias para o seu reconhecimento.

        A santa ingenuidade moderna padece suas agruras nas mãos da classe política dominante e reclama a falta de ética e da moral estabelecida na sociedade contemporânea. Mesmo assim, vive elaborando quiméricos e instantâneos projetos de salvadores da pátria e, escolhendo quase sempre uma falsa representatividade para a sociedade que a cada momento nas líquidas relações modernas, cria um novo 'Deus'. Talvez por falta ou excesso de credibilidade nas transcendências, na mitologia e na ação potente governamental.

Nenhum comentário:

Postar um comentário