domingo, 19 de maio de 2013

O Acordar Real de uma Quimera


       Incomoda por demais, vivenciar meus ideais políticos ideológicos encurralados nos tabuleiros administrativos do capital sem fazer sequer uma simples crítica às posturas adotadas. Nos anos 80 e 90, construímos na lide coletiva a quimera brilhante de alternativa social. Entretanto o poder chegou às lideranças e com ele a acomodação do desfrutar as benesses do capital. As benesses do capital me abduziram, e agora José? Não tenho como voltar.

       Hoje combalido e sem ilusões vivo as reminiscências através dos históricos vídeos tapes e atuais movimentos que por contrariedade se posicionam instantaneamente favoráveis aos trabalhadores. Criou-se socialmente um fragmentário isolamento no seio libertário e as lides passam por conceitos burgueses, delicados e sem dialética coletiva.

       As ferramentas de lutas de outrora vivem atreladas às badaladas concentrações do poder, e suas lideranças reféns da fisiologia governista, gananciosa, sem ética e moral. É triste vivenciar o fortalecimento de ações pessoais na base governamental, oponente apenas por interesses imediatos e eleitorais.

         Portanto, os partidos que se dizem representantes do povo precisam rever conceitos e ideologias para fortalecer as estruturas do poder das massas, ou eternizar-se como “marionetes” da direita estratégica, que corrompe ideologicamente as mentes libertárias. Pra não viver apenas palavras do poeta de que “Meu partido é um coração partido, e as ilusões estão todas perdidas” precisamos de concretas ações libertárias e coletivas, do contrário,“os meus sonhos foram todos vendidos”.

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