sábado, 24 de janeiro de 2015

E a Jandira Solta o Verbo na Praça José de Alencar


E a Jandira, angustiada, sufocada em quase 40 graus de sol escaldante, na Praça José de Alencar, me segredou ainda há pouco, que muitos estão tirando o espaço dela durante as manhãs de cada sábado, pois a praça que antes era bela, apesar do infernal barulho semanal de seus visitantes pregadores, agora se encontra tomada por ambulantes que buscam a sobrevivência no espaço capital e enfeiam a beleza arquitetônica da Igreja do Patrocínio e do histórico Teatro José de Alencar.

E a Jandira continua: já não bastasse a gritaria noturna dos infelizes habitantes das ruas e praças da cidade, que na maioria das noites tiram-me o sono e sonhos com suas preferências egoisticamente alteradas, agora já nem posso repousar durante o dia, uma vez que as barracas tomaram dos transeuntes todos os espaços e sombras.

Com isso, Jandira angustiada e quase desesperada, clama socialmente para que os senhores gerentes do capital exerçam seu papel primordial no gerir a cidade e cuidem do caos que ficou a praça, quem sabe assim, Jandira, vencida pelo cansaço e sobre os jornais, adormeça e sonhe com um novo amanhã, pois ela precisa mesmo é não perder a esperança.

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