E
a Jandira, angustiada, sufocada em quase 40 graus de sol escaldante,
na Praça José de Alencar, me segredou ainda há pouco, que muitos
estão tirando o espaço dela durante as manhãs de cada sábado,
pois a praça que antes era bela, apesar do infernal barulho semanal
de seus visitantes pregadores, agora se encontra tomada por
ambulantes que buscam a sobrevivência no espaço capital e enfeiam a
beleza arquitetônica da Igreja do Patrocínio e do histórico Teatro
José de Alencar.
E
a Jandira continua: já não bastasse a gritaria noturna dos
infelizes habitantes das ruas e praças da cidade, que na maioria das
noites tiram-me o sono e sonhos com suas preferências egoisticamente
alteradas, agora já nem posso repousar durante o dia, uma vez que as
barracas tomaram dos transeuntes todos os espaços e sombras.
Com
isso, Jandira angustiada e quase desesperada, clama socialmente para
que os senhores gerentes do capital exerçam seu papel primordial no
gerir a cidade e cuidem do caos que ficou a praça, quem sabe assim,
Jandira, vencida pelo cansaço e sobre os jornais, adormeça e sonhe
com um novo amanhã, pois ela precisa mesmo é não perder a
esperança.
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