Hoje,
pela manhã, estava com o rádio ligado no programa do competente
jornalista Renato Abreu, na Rádio Clube, e de repente me pus a
pensar: o que motiva um profissional da comunicação tomar posições
firmes de oposição a um determinado programa gerencial? Acredito
muito na liberdade de imprensa, mas para tal ação muitos dos
comunicadores deveriam despir-se ideologicamente das suas aspirações
pessoais e se portar indelevelmente imparcial.
Na
convivência democrática que ora vivenciamos na “Pátria
Educadora” é fundamental a presença do contraditório como fiel
da balança no fortalecimento da Jovem Democracia Brasileira, que
mesmo com suas tamanhas e inexplicáveis falhas, ainda assim prezamos
pelo direito à liberdade cidadã. E sobre o direito cidadão, é
imprescindível que cada um de nós, que habitamos a sociedade
democrática, expresse com veemência suas ideologias. Todavia,
devemos zelar pela palavra pronunciada e como homem de rádio, Renato
tem total direito em criticar a postura da Presidenta Dilma Rousseff
– PT, mas jamais esquecer que como representante da Nação
Brasileira a senhora presidenta fez seu papel diplomático na defesa
do julgamento do Marco Archer que se encontrava preso e condenado à
morte na Indonésia.
É
verdade que a população brasileira não se encontra consternada,
como a presidenta falou, mas a forma apelativa de nos posicionarmos,
na maioria das vezes, exageramos também um pouquinho. E Renato Abreu
demonstrou um certo ranço até mesmo ao ouvir a participação do
seu colega, o repórter Jonas Melo, com as notícias da Assembleia,
sempre interrompendo-o e insistindo em não aceitar nada que dizia
respeito ao gerenciamento do Planalto Central.
Quando
Jonas Melo mencionou sobre os pontos fundamentais da regulação da
mídia, defendido pelo PT, Renato ironizou, julgando que o PT agora
quer implantar uma ditadura Stalinista e castrar o direito dos
jornalistas expressarem suas críticas jornalísticas. Cercear a
liberdade de expressão. E Jonas insistia em dizer que quando uma
emissora não tiver atendendo às normas da concessão, será retida
por falta de competência no gerenciar, e o próprio Jonas falou no
aluguel que acontece com muitos dos prefixos na capital. Isso
certamente não iria acontecer mais.
E
sobre a programação local, que exige a regulação nas emissoras de
TVs, Renato disse que já existe, pois a TV Diário tem sua
programação local, mas esquece das demais emissoras. E continua
contraditoriamente Renato: isso não vai dar certo, pois custa muito
caro fazer programação local, aí os “donos” iriam solicitar
dinheiro público e seria mais uma forma de corrupção no país.
Senhor
jornalista, Renato Abreu, entenda! Como bem diz o dito popular
interiorano: “quem não pode com o pote, não pega na rodilha”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário