segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

As Contradições da Comunicação Parcial


Hoje, pela manhã, estava com o rádio ligado no programa do competente jornalista Renato Abreu, na Rádio Clube, e de repente me pus a pensar: o que motiva um profissional da comunicação tomar posições firmes de oposição a um determinado programa gerencial? Acredito muito na liberdade de imprensa, mas para tal ação muitos dos comunicadores deveriam despir-se ideologicamente das suas aspirações pessoais e se portar indelevelmente imparcial.

Na convivência democrática que ora vivenciamos na “Pátria Educadora” é fundamental a presença do contraditório como fiel da balança no fortalecimento da Jovem Democracia Brasileira, que mesmo com suas tamanhas e inexplicáveis falhas, ainda assim prezamos pelo direito à liberdade cidadã. E sobre o direito cidadão, é imprescindível que cada um de nós, que habitamos a sociedade democrática, expresse com veemência suas ideologias. Todavia, devemos zelar pela palavra pronunciada e como homem de rádio, Renato tem total direito em criticar a postura da Presidenta Dilma Rousseff – PT, mas jamais esquecer que como representante da Nação Brasileira a senhora presidenta fez seu papel diplomático na defesa do julgamento do Marco Archer que se encontrava preso e condenado à morte na Indonésia.

É verdade que a população brasileira não se encontra consternada, como a presidenta falou, mas a forma apelativa de nos posicionarmos, na maioria das vezes, exageramos também um pouquinho. E Renato Abreu demonstrou um certo ranço até mesmo ao ouvir a participação do seu colega, o repórter Jonas Melo, com as notícias da Assembleia, sempre interrompendo-o e insistindo em não aceitar nada que dizia respeito ao gerenciamento do Planalto Central.

Quando Jonas Melo mencionou sobre os pontos fundamentais da regulação da mídia, defendido pelo PT, Renato ironizou, julgando que o PT agora quer implantar uma ditadura Stalinista e castrar o direito dos jornalistas expressarem suas críticas jornalísticas. Cercear a liberdade de expressão. E Jonas insistia em dizer que quando uma emissora não tiver atendendo às normas da concessão, será retida por falta de competência no gerenciar, e o próprio Jonas falou no aluguel que acontece com muitos dos prefixos na capital. Isso certamente não iria acontecer mais.

E sobre a programação local, que exige a regulação nas emissoras de TVs, Renato disse que já existe, pois a TV Diário tem sua programação local, mas esquece das demais emissoras. E continua contraditoriamente Renato: isso não vai dar certo, pois custa muito caro fazer programação local, aí os “donos” iriam solicitar dinheiro público e seria mais uma forma de corrupção no país.

Senhor jornalista, Renato Abreu, entenda! Como bem diz o dito popular interiorano: “quem não pode com o pote, não pega na rodilha”.

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