quinta-feira, 19 de junho de 2014

Cid e as “Discussões” para Referendar sua Indicação


O governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes (PROS), com suas estratégias coloca em posição delicada a diretoria do PT e seus aliados. Sabendo que suas ações políticas causam uma certa fadiga no seio da sociedade cearense que clama por mudanças, Cid deu um golpe de mestre. Logo de início se posicionou favorável a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT), mesmo com seu irmão Ciro Gomes tecendo fortes críticas ao Planalto.

Aliado do senador Eunício Oliveira (PMDB) e conhecedor do desejo dele em sair candidato ao Palácio da Abolição e que Eunício goza de grande prestígio político junto ao ex-presidente Lula e da presidenta Dilma além da força política que o senador exerce no interior cearense, Cid sai na frente para inviabilizar tal candidatura, coisa que a velha e parcial mídia ignora.

Agindo assim, o governador mantém como refém o Partido dos Trabalhadores, no Ceará, buscando apoio junto à direção nacional. Tudo gira em torno de seu nome, bem parecido com o Luiz XIV, “O Estado sou eu”, mesmo falando em discussões democráticas com pequenas agremiações em busca do programa de governo para depois discutir nomes. Todo cearense que lê jornal sabe, há muito, que existem cinco pessoas do agrado do governador e alguns deles já botaram o “bloco” no tabuleiro das pretensões eleitorais.

Cid Gomes com suas convocações “democráticas” para escolha do nome para representá-lo, junto ao povo cearense, no Palácio da Abolição, me faz lembrar muito a imagem de um certo diretor de escola particular que tive nos anos 90.

Numa reunião pedagógica, ele pediu para que os professores fizessem em grupo, por área, uma análise de sua escola e gestão, enumerando as dificuldades existentes e em seguida, todos no auditório da escola, ouvindo do primeiro representante as reivindicações e críticas dos professores e antes mesmo da conclusão, bruscamente o diretor ligou seu microfone e usou o seguinte argumento: “quem não está contente na minha escola peça para sair, pois quem manda aqui sou eu.”

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