O
governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes (PROS), com suas estratégias
coloca em posição delicada a diretoria do PT e seus aliados.
Sabendo que suas ações políticas causam uma certa fadiga no seio
da sociedade cearense que clama por mudanças, Cid deu um golpe de
mestre. Logo de início se posicionou favorável a reeleição da
presidenta Dilma Rousseff (PT), mesmo com seu irmão Ciro Gomes
tecendo fortes críticas ao Planalto.
Aliado
do senador Eunício Oliveira (PMDB) e conhecedor do desejo dele em
sair candidato ao Palácio da Abolição e que Eunício goza de
grande prestígio político junto ao ex-presidente Lula e da
presidenta Dilma além da força política que o senador exerce no
interior cearense, Cid sai na frente para inviabilizar tal
candidatura, coisa que a velha e parcial mídia ignora.
Agindo
assim, o governador mantém como refém o Partido dos Trabalhadores,
no Ceará, buscando apoio junto à direção nacional. Tudo gira em
torno de seu nome, bem parecido com o Luiz XIV, “O Estado sou eu”,
mesmo falando em discussões democráticas com pequenas agremiações
em busca do programa de governo para depois discutir nomes. Todo
cearense que lê jornal sabe, há muito, que existem cinco pessoas do
agrado do governador e alguns deles já botaram o “bloco” no tabuleiro das pretensões eleitorais.
Cid
Gomes com suas convocações “democráticas” para escolha do nome
para representá-lo, junto ao povo cearense, no Palácio da Abolição,
me faz lembrar muito a imagem de um certo diretor de escola
particular que tive nos anos 90.
Numa
reunião pedagógica, ele pediu para que os professores fizessem em
grupo, por área, uma análise de sua escola e gestão, enumerando as
dificuldades existentes e em seguida, todos no auditório da escola,
ouvindo do primeiro representante as reivindicações e críticas dos
professores e antes mesmo da conclusão, bruscamente o diretor ligou
seu microfone e usou o seguinte argumento: “quem não está
contente na minha escola peça para sair, pois quem manda aqui sou
eu.”
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