sábado, 22 de março de 2014

De Volta a 1º de Abril de 1964? Nunca Mais!


O desejo de voltar no tempo e vivenciar a “Marcha da Família Com Deus pela Liberdade”, de 19 de março de 1964, levou alguns “gatos pingados” do Recife a se reunir em praça e mais uns vinte e poucos de Belém que se reuniram protestando contra a corrupção no Brasil, mas postaram a nossa Bandeira Brasileira de cabeça para baixo. Isso vem mostrar que estas pessoas faltaram às aulas de história e portanto, não compreenderam o seu real papel no contexto social. Sem esquecer que cerca de 50 pessoas saíram de sua zona de conforto, em Fortaleza, pensando em conquistar espaço na mente da massa.

Segundo A Folha de São Paulo, cerca de 700 pessoas saíram da praça da República em direção à praça da Sé, em Sampa, refazendo o trajeto da Marcha que antecedeu ao golpe militar de Primeiro de Abril de 1964, quando os militares, com Castelo Branco, golpearam a Democracia brasileira, implantando uma Ditadura Militar no país. Os saudosistas de 64 ainda não entenderam o processo histórico na sociedade capitalista, ou tentam deturpar a Jovem Democracia Brasileira, mostrando para uma grande parcela da sociedade, desprovida das reais necessidades pública, que hoje se vive numa “baderna”, como é comum denominar os manifestantes que almejam melhores condições de vida e menos exploração de trabalho capital.

Estamos, sim, vivenciando uma terrível falta de segurança pública, é verdade, e talvez seja por isso que alguns retrógrados de plantão pensem usar novamente o povo em “nome de Deus” para barrar o que eles chamam de corrupção. Ora, “Cara Pálida”, a corrupção não acontece apenas no Brasil atual, mas é preciso propagar aos manifestantes da “Marcha da Família Com Deus pela Liberdade” que no período da Ditadura Militar também existiu desvio de dinheiro público, só que o povo não podia se manifestar, exatamente por falta de Liberdade.
 Crédito Foto: G1 PA, TV Liberal, Folha SP, Internet

2 comentários:

  1. A que se atribui essas manifestações públicas da direita no mundo todo? Tenho notado quem em alguns países da Europa o nazismo tem avançado muit!

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    1. Caro Walter, acredito que...

      O mundo capitalista, pós queda do Muro de Berlim, passou por grandes transformações no quesito das administrações do gerenciar o capital. Isso criou grande perplexidade no seio daqueles que lutaram intensamente para transformar as relações hierárquicas da sociedade. Com a globalização das redes, entra em cena o Neoliberalismo como alternativa de sobrevivência capital. Entretanto, não respondeu às necessidades básicas e imediatas que a população mundial almejava e diante de tal frustração, ainda contamos com uma significativa parcela de erros cometidos pela “esquerda” que para manter uma certa governabilidade, juntou-se aos antigos inimigos, os oportunistas de plantão permanente, quando não satisfeitos tentam deturpar o fazer política na etimologia da palavra.

      A Priori, este contexto de falência do capital internacional não justifica o desejo de uma pequena parcela em voltar aos dias de turbulências ideológicas. Contudo, existe uma pequena parcela da classe empresarial, bastante reacionária, que insatisfeita tenta ganhar espaço no campo democrático, mas contraditoriamente propagando as arbitrariedades e, o retorno às práticas antidemocráticas na práxis da política cotidiana.

      As transformações históricas no processo social são por demais lentas onde os resultados são quase sempre a longo prazo e sem reais investimentos na Educação Pública e valorização dos professores, ficam ainda mais distantes dos acontecimentos, é bem verdade que, na Europa, as pessoas são bem melhores assistidas socialmente que nas periferias do capital, todavia, a crise financeira internacional está mudando muito a cultura dos povos desenvolvidos e nesta perspectiva de turbulência econômica, onde muitos tiveram seus rendimentos reduzidos, gerou no seio dos descontentes, grandes insatisfações tanto no aspecto das esquerdas quanto na direta tradicional que busca justificar suas agruras com práticas características do “nazifascismos”.

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