As
facilidades de acesso à formação intelectual foram todas colocadas
nos tabuleiros das oportunidades sociais e boa parte da população
está usufruindo perfeitamente das benesses ofertadas. Todavia,
existe uma significativa parcela da sociedade que ainda não
compreendeu o que representa uma formação no contexto das
explorações hierárquicas do capital e com isso fortalece, ainda
mais, as alas do senso comum, contribuindo progressivamente para as
desigualdades sociais, além de dificultar os trabalhos dos muitos
profissionais envolvidos.
A
realidade da escola pública de nível fundamental é por demais
preocupante com a tal promoção automática, na maioria das vezes,
os alunos sabem apenas decodificar e somar e, ainda assim, são
catapultados para a série/ano seguinte e quando se apercebe da
realidade, fica atordoado e incomodando os demais alunos e suas
regularidades. Boa parte deles vão à escola por conta da merenda e
da cobrança por parte da mãe que teme perder o bolsa família.
Muitos
criticam a distribuição de incentivos sociais, mas não promovem a
fixação de pessoas no mercado de trabalho, e ainda falam de forma
genérica que o povo agora não mais quer trabalhar. Também pudera,
eles querem pagar uma insignificativa quantia por exploração
diária. Já está na hora da classe empresariada fazer sua parte no
desenvolvimento social do Brasil. Chega de investimentos apenas nas
campanhas eleitorais para tirar benefícios particulares.
Parece
até que os órgãos governamentais não controlam as matrículas nas
Universidades da rede pública, pois alguns alunos se encontram com
mais de um curso gratuito e sem conseguir cursar com qualidade. Isso
provoca uma queda na qualidade das instituições públicas de Ensino
Universitário. Acredito que as oportunidades devem existir para
atender um maior número de pessoas, e que tal investimento, seja
retribuído com emprego de qualidade para a sociedade qualificada.
Por
conta destas e de outras tantas questões e pelo os 10% do PIB
investidos na Educação Pública, um terço da carga horária para
planejamento dos professores; a CNTE, juntamente com os sindicatos
regionalizados, promovem uma paralisação nacional, por eles
chamada, de “greve geral” nas escolas públicas do País, nos
dias 17, 18 e 19 de março.
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