quarta-feira, 19 de março de 2014

A Educação Pública Com Seus Permanentes Entraves


As facilidades de acesso à formação intelectual foram todas colocadas nos tabuleiros das oportunidades sociais e boa parte da população está usufruindo perfeitamente das benesses ofertadas. Todavia, existe uma significativa parcela da sociedade que ainda não compreendeu o que representa uma formação no contexto das explorações hierárquicas do capital e com isso fortalece, ainda mais, as alas do senso comum, contribuindo progressivamente para as desigualdades sociais, além de dificultar os trabalhos dos muitos profissionais envolvidos.

A realidade da escola pública de nível fundamental é por demais preocupante com a tal promoção automática, na maioria das vezes, os alunos sabem apenas decodificar e somar e, ainda assim, são catapultados para a série/ano seguinte e quando se apercebe da realidade, fica atordoado e incomodando os demais alunos e suas regularidades. Boa parte deles vão à escola por conta da merenda e da cobrança por parte da mãe que teme perder o bolsa família.

Muitos criticam a distribuição de incentivos sociais, mas não promovem a fixação de pessoas no mercado de trabalho, e ainda falam de forma genérica que o povo agora não mais quer trabalhar. Também pudera, eles querem pagar uma insignificativa quantia por exploração diária. Já está na hora da classe empresariada fazer sua parte no desenvolvimento social do Brasil. Chega de investimentos apenas nas campanhas eleitorais para tirar benefícios particulares.

Parece até que os órgãos governamentais não controlam as matrículas nas Universidades da rede pública, pois alguns alunos se encontram com mais de um curso gratuito e sem conseguir cursar com qualidade. Isso provoca uma queda na qualidade das instituições públicas de Ensino Universitário. Acredito que as oportunidades devem existir para atender um maior número de pessoas, e que tal investimento, seja retribuído com emprego de qualidade para a sociedade qualificada.

Por conta destas e de outras tantas questões e pelo os 10% do PIB investidos na Educação Pública, um terço da carga horária para planejamento dos professores; a CNTE, juntamente com os sindicatos regionalizados, promovem uma paralisação nacional, por eles chamada, de “greve geral” nas escolas públicas do País, nos dias 17, 18 e 19 de março.

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