domingo, 13 de janeiro de 2013

"Padre Haroldo: Presente! Até Quando? Sempre!"


       Quando aqui cheguei início de 1982 tive o privilégio de conhecer o bairro do Pirambu e muitas pessoas que lutaram e lutam para transformar socialmente o vil metal, numa sociedade mais justa e igualitária. Nunca fui de acomodações fáceis e sempre procurei ficar do lado das minorias, construindo o contraditório, pois as teses quase sempre necessitam da antítese para formatar a síntese. A princípio “sem muita consciência social', via ali apenas os aspectos da miséria sem compreender no entanto, seu lado revolucionário e, no final do ano já estive presente no movimento eleitoral e votando em Américo Barreira para governador. Foi assim que comecei minha militância política em Fortaleza. As lutas estudantis secundaristas de repente me empurraram para o PT e dele fiz por muito tempo minha vida. Participei da maior “euforia” militante em 1985, quando o povo de Fortaleza elegeu a primeira prefeita, a guerreira Maria Luiza Fontenele e como já conhecia da casa paroquial “Nossa Senhora das Graças”, me envolvi de cabeça na campanha do Bote Fé no seu Voto com padre Haroldo Coelho que mais tarde acolheu a militância grevista da categoria téxtil na paróquia São Judas Tadeu e nas noites de terças e quintas feiras em seu fusquinha, sempre me dava carona e ensinamentos de militância sociais do Itaperi ate a rua Guilherme Rocha. Lembro-me bem de suas palavras e aqui direi uma de tantas que ouvi: “Companheiro, depois da anistia no Brasil, todo mundo é revolucionário, mas muitos são incapazes de pegar na baioneta.” Antes da Rio +20 foi a penúltima vez que encontrei o Guerreiro Socialista e Governador do Povo num final de tarde-noite na praça do Ferreira, “ato” da Crítica Radical. Hoje fui prestar minha homenagem solidária a quem muito contribuiu para minha formação política, que momentaneamente encontra-se num estágio latente de inércia.

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