A
democracia cearense tem suas peculiaridades e conveniências, pois
assistimos cotidianamente ações dos “ditos” representantes do
povo e parece-me que somente eles podem fazer uso da democracia,
mesmo que representativa, deveria ser universal, sem contradizer sua
etimologia.
No
início do governo “das mudanças” ninguém podia fazer críticas
ao todo poderoso governador de plantão, que chegou a se utilizar de
argumentos chulos e desrespeitosos para desqualificar tais críticas
e pessoas que se aventurassem ao isolamento. O tempo passou mas as
práticas anticríticas se
fazem presentes nos atuais gestores de plantão. Algo que me faz
imaginar a França dos séculos XVII e XVIII com o “Rei Sol”, se
intitulando “O Estado sou eu”. Interessante, é que mesmo não
sendo gestor, o senhor Ciro Ferreira Gomes disse textualmente que
“Fortaleza era um puteiro a céu aberto” e, eu como cidadão
fortalezense indignei-me silenciosamente, uma vez que minha voz não
tem eco na democracia dos leviatãs*, onde as pessoas comuns buscam
proteção e apoio dos governantes para sua sobrevivência.
Muito
preocupante e a meu ver, absurdo o argumento do senhor governador de
plantão Cid Ferreira Gomes, homem educado e cauteloso com o uso das
palavras, irritado, taxou de “garoto que deseja aparecer e fica
criando caso” o procurador Gleydson Alexandre que questionou valor
do cachê pago ao “show” da bela Ivete Sangalo.
Menos
absolutismo para aqueles que pedem paciência ao democrático povo
cearense.
*
O Leviatã é uma criatura mitológica, geralmente de
grandes proporções, bastante comum no imaginário dos navegantes
europeus da Idade Moderna (Wikipédia)
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