segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O Poder Pop e a Falta de Oposição


        Já houve um tempo em que não se podia criticar os políticos no Brasil, pois o país vivia na mais profunda falta de liberdade humana e de expressão. Porém a anistia pois fim ao massacre democrático e trouxe de volta o irmão do Henfil. Todavia no final dos anos 80, no nosso Ceará de “açúcar”, quem criticava governantes, era por que estava “roendo” e tinha deixado de “mamar nas tetas do Estado”. Assim com chulos argumentos o governador calava a boca da oposição contando com toda ajuda da eufórica mídia. Segundo eles, estávamos vivendo as “mudanças”, com a derrocada do velho coronelismo e, a oposição tinha todo o direito de permanecer calada e contribuir para o “avanço” da classe empresarial que tinha assumido o poder governamental no Estado.
       Passaram-se os anos, aconteceram erros históricos, mudaram-se os nomes, porém as práticas governamentais continuam unitárias, sem a voz roucas das ruas, sem oposição, vivemos uma “democracia totalitária”, pois até mesmo aqueles que timidamente se dizem de oposição, não por ideologia, mas por situação de comando, aprovam as argumentações quase sempre sem questionamentos, para não ficarem mal na fita perante a sociedade que a tudo assiste meio que calada e ainda por cima, bate palmas.
       O governador é pop, vai às ruas fazer panfletagem, joga sinuca com pessoas menores de idade, e além de tudo, fez o Réveillon da “solidariedade”. E a democracia cearense caminha em mão única sem o contraditório.

Nenhum comentário:

Postar um comentário