segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O Fisiologismo Oportunista Mantém a Presidenta Dilma Refém


Parece-me que as coisas da política não andam muito boas na República da multicoloração agremeativa desprovida de ideologia. Não bastasse um pequeno grupo de pessoas que ainda não aceitaram a derrota das eleições presidenciais, e pensando que assim fortalecem a democracia, cobram o impedimento do próximo mandato da Presidenta Dilma Rousseff (PT) que foi conquistado legalmente nas urnas. É bem verdade que foi muito disputada e a vitória foi infinitamente pequena, todavia, é bom conhecer outras realidades e constatar que em muitos dos países, ditos desenvolvidos, a maioria das eleições tem como resultado um percentual muito pequeno em relação ao adversário derrotado.

Legalmente, a Presidenta Dilma assumirá seu segundo mandato muito comprometida com as políticas aliancistas de governabilidade, mesmo não tendo contado com todo o apoio de alguns, que hoje cobram a fatia de benesses do capital, assumirá fragilizada e com base política dividida diante da insaciabiabilidade gananciosa de poder que muitos desejam fatiar.

O Partido dos Trabalhadores, mesmo saindo com prejuízo nas urnas, ainda representa a maior bancada do Congresso Nacional e isso lhe daria o direito de lançar candidato. Parece-me que o medo de um anunciado racha na trincada base, dita de sustentação, provoca no partido um temor em lançar um nome. Alguns ponderados membros do PT pensam apenas em diálogo com o inconsequente e oportunista Eduardo Cunha (PMDB) que ameaça candidatar-se à Casa Legislativa de Maior Poder no Brasil como forma de barganhar cargos para seus aliados, até mesmo aqueles derrotados nas urnas. Coisa que a olho nu não parece Republicana. Será que tais agremiações partidárias pensam nas coisas verdadeiramente Pública?

Lotear o poder imediato para acomodar alianças em busca da governabilidade é fragilizar a administração central e decretar uma fadada descrença no imaginário popular. Precisamos de imediato é fortalecer os órgãos da Jovem Democracia Brasileira com mais participação popular e deixar de lado questões de interesses imediatos e privados que trazem em si o descontentamento social.

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