“Como
beber dessa bebida amarga, tragar a dor, engolir a labuta?” Diante
dos acontecimentos recentes em que a fé cristã está sendo
questionada socialmente nos padrões éticos e morais, me faz crer
que o desrespeito estabelecido no seio da religiosidade está tirando
o sono daqueles que honestamente vivenciam suas transcendências na
maior boa fé. Mas não é, por algumas pessoas que se utilizam da
religiosidade para iludir e se dar bem, que vamos generalizar.
Conheço muitos religiosos que não comungam com os deslizes daqueles
humanos de má-fé, que se permitem transitar pelas ruas “opacas”
do baixo clero. Percebo então que humanos são falhos, mas aqueles
que na sua prática denigrem a imagem da ética e dos bons costumes
devem ficar no ostracismo da religiosidade para não contaminar a fé
dos cristãos que buscam nas transcendências, sua salvação diante
de Deus.
Não
acredito em lideranças religiosas que afastam Ministros da
Eucaristia de suas atividades religiosas só por que chegaram aos 75
anos de maturidade. No momento mais sagrado da sociabilidade, em que
tais pessoas precisam da integração, são jogados para a reserva
quando muito poderiam agregar e fazer parte coletivamente do bom
viver social na religiosidade. Isto me parece, distanciar dos
ensinamentos de Cristo que veio ao mundo pregar o amor, a
fraternidade entre as pessoas. Como acreditar naqueles que vivem sua
mordomia, sem no entanto se preocupar socialmente com os mais
necessitados? Como acreditar em lideranças religiosas
preconceituosas e que descriminam seres humanos na sua sociabilidade?
Todavia acreditamos que tais posturas são isoladas dentro do
cristianismo, aquela laranja estragada, que precisa ser isolada das
outras para não contaminar a instituição da religiosidade. Essas
práticas abomináveis existem tanto no meio dos católicos, como
também dos protestante, que se intitulam de evangélicos.
Não
defendo padres pedófilos, como também condeno pastores homofóbicos
e racistas como Silas Malafaia e o pastor deputado Marco Feliciano
(PSC-SP) para citar duas “autoridades do mal”, que se utilizam do
protestantismo religioso para construir suas benesses particulares.
Muito me entristece ações representativas, diga-se de passagem, mal
representatividade, que em nome da governabilidade delegam a entes da
pior espécie humana, o poder de gerenciar órgãos importantes como
a Comissão dos Direitos Humanos em Brasília. Os acordos da
representatividade tem afastado a política das consciências humanas
no construir coletivamente a República, fortalecendo e estabilizando
assim a imoralidade como padrão social.
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