sábado, 9 de março de 2013

Os Equívocos de Ações Políticas e Religiosas


         “Como beber dessa bebida amarga, tragar a dor, engolir a labuta?” Diante dos acontecimentos recentes em que a fé cristã está sendo questionada socialmente nos padrões éticos e morais, me faz crer que o desrespeito estabelecido no seio da religiosidade está tirando o sono daqueles que honestamente vivenciam suas transcendências na maior boa fé. Mas não é, por algumas pessoas que se utilizam da religiosidade para iludir e se dar bem, que vamos generalizar. Conheço muitos religiosos que não comungam com os deslizes daqueles humanos de má-fé, que se permitem transitar pelas ruas “opacas” do baixo clero. Percebo então que humanos são falhos, mas aqueles que na sua prática denigrem a imagem da ética e dos bons costumes devem ficar no ostracismo da religiosidade para não contaminar a fé dos cristãos que buscam nas transcendências, sua salvação diante de Deus.
        Não acredito em lideranças religiosas que afastam Ministros da Eucaristia de suas atividades religiosas só por que chegaram aos 75 anos de maturidade. No momento mais sagrado da sociabilidade, em que tais pessoas precisam da integração, são jogados para a reserva quando muito poderiam agregar e fazer parte coletivamente do bom viver social na religiosidade. Isto me parece, distanciar dos ensinamentos de Cristo que veio ao mundo pregar o amor, a fraternidade entre as pessoas. Como acreditar naqueles que vivem sua mordomia, sem no entanto se preocupar socialmente com os mais necessitados? Como acreditar em lideranças religiosas preconceituosas e que descriminam seres humanos na sua sociabilidade? Todavia acreditamos que tais posturas são isoladas dentro do cristianismo, aquela laranja estragada, que precisa ser isolada das outras para não contaminar a instituição da religiosidade. Essas práticas abomináveis existem tanto no meio dos católicos, como também dos protestante, que se intitulam de evangélicos.
        Não defendo padres pedófilos, como também condeno pastores homofóbicos e racistas como Silas Malafaia e o pastor deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para citar duas “autoridades do mal”, que se utilizam do protestantismo religioso para construir suas benesses particulares. Muito me entristece ações representativas, diga-se de passagem, mal representatividade, que em nome da governabilidade delegam a entes da pior espécie humana, o poder de gerenciar órgãos importantes como a Comissão dos Direitos Humanos em Brasília. Os acordos da representatividade tem afastado a política das consciências humanas no construir coletivamente a República, fortalecendo e estabilizando assim a imoralidade como padrão social.

Nenhum comentário:

Postar um comentário