Temos
como dificuldades históricas a fome, caracterizando uma triste
realidade brasileira, mas diante de outras nações apresentamos
sempre uma aparência virtual da realidade. Neste momento vivenciamos
uma seca destruindo sonhos e matando rebanhos sem contar com a
agricultura que se quer, foi possível plantar e, agonizante segue o
nordestino em busca de vida, de água e comida. Não podemos esquecer
dos paliativos governamentais existentes, tais como as bolsas:
família, estiagem e por ai vai, mas o nordestino busca mesmo é
dignidade.
A
fome existente representa uma contradição histórica pois os seres
humanos sempre buscam alternativas, sem no entanto se encontrarem com
as características naturais. As adversidades são remanescente de
uma colonização mercantil descompromissada com o desenvolvimento do
meio natural e a relação de exploração do homem pelo homem.
As
porteiras sempre fechadas para os pequenos agricultores que são na
realidade a força produtiva, mas tais porteiras estão repletas de
condições naturais ou artificiais, possibilitando o manuseio de
ferramentas para a plantação e deixando a maioria desprovida,
apenas nas justificativas transcendentes de que não foi possível e
se assim está, nada mais é que a vontade divina.
Tal
realidade empurra abruptamente o homem do campo para as grandes
cidades, sem as devidas condições e conhecimentos, todavia
possuidor de carências múltiplas. Morando na maioria das vezes
precariamente de favor ao lado de um conhecido amigo, busca sem
êxito, emprego para alimentar sonhos e filhos.
Desiludido
com as novas adversidades, segue a desesperança de uma vida sem fim,
humilhado e vendo sua força desaparecer na busca de sonhos que não
chegam.
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