Parte
da população fortalezense vive uma grande euforia diante das
expectativas futebolísticas, a “arena” castelão sendo
inaugurada, a mobilidade sendo programada e as panfletagens do senhor
governador nas domingadas, tudo isto faz pensar que vivemos na mais
perfeita prosperidade. Acredito na força das políticas públicas
transformando socialmente a realidade das necessidades, porém sinto
falta de tais políticas como ações pragmáticas na realidade real
do povo interiorano, que padece com as agruras advindas com a longa
estiagem e as necessidades imediatas alimentares. Não posso
esquecer, que se não existissem ações momentâneas por parte dos
governantes a situação estaria muito pior, todavia este
assistencialismo só caracteriza as precariedades dos povos menos
favorecidos.
Toda a tecnologia utilizada para construir o novo castelão, me faz crer que estamos há mil anos luz das soluções básicas que resolveriam o progresso humano no Ceará, pois o contraste da "modernidade e progresso" "high tech" convive com as precariedades sociais, onde meninas menores de dezoito anos, quase crianças, "alugam" o corpo para fazer parte de tal progresso tecnológico capitalista anti-humano. Por conta disto ou por falta de políticas públicas, vivemos uma crescente onda de violência, de insegurança e o pior, a desconfiança no ser humano. Sem falar da falta de água tratada e saneamento básico para satisfazer as necessidades de saúde pública, como também solucionar o velho problema de estiagem, coisa das intemperes climáticas do nosso estado, apesar do açude castanhão na Jaguaribara, ainda convivemos com os tradicionais e carcomidos "carros pipas" e a "lata d'água na cabeça" caracterizando de uma vez por todas o atraso existente no interior cearense.
Os recursos financeiros para reestruturação do Castelão, só pode ser gastado com o estádio, em função da organização da Copa de 2014. Os problemas estruturais de nossa capital e do interior serão de responsabilidades do governador Cid Gomes (PSB) e do prefeito eleito Roberto Cláudio (PSB), no próximo ano.
ResponderExcluir