quinta-feira, 8 de agosto de 2013

“Os Podres Poderes”?


           A intolerabilidade dos poderes paralelos ou institucionalizados apesar de rasgar os direitos constitucionais dos cidadãos, acontecem sempre nas caladas das madrugadas, quando a cidade dorme. E a arrogância dos amigos do rei, parece não ter limites, além de desconhecer a força de um mandato popular, ignora o significado do que seja nomeação. Todavia o que deveria ser diálogo argumentativo, parece-me de via única: “faça isso e eu faço aquilo”.

          Onde não existe serenidade, estimula-se no seio social o surgimento das desesperanças coletivas. Talvez por isso não podemos mais se quer, dormir tranquilos em nossas casas, uma vez que o barulho das inseguranças adentram locais estratégicos e bombardeiam bancos, desafiando o poder estabelecido e, este por sua vez, com balas de borrachas e gaz lacrimogênio expulsam ambientalistas defensores da vida, como também trabalhadores que buscam sua sobrevivência nas praças da cidade. Porém as ações governamentais, parecem querer mesmo a higienização humana das diversidades, sem no entanto minorar a insegurança.

         Em relação aos manifestantes que ocuparam o Parque do Cocó, o Poder Público Municipal se mostrou inseguro e agiu como criança “birrenta” que não consegue resolver seus problemas relacionais na escola e pede ao pai para resolver a “parada”. Quando ninguém esperava, adentra a ocupação do Cocó, o senhor governador Cid Ferreira Gomes (PSB) e solicita a retirada dos manifestantes prometendo fazer a demarcação de um parque ecológico, algo que já deveria ter sido feito desde 2009 e, sai bem na “fita”, para a sociedade que assiste à distância, como alguém capaz de dialogar abertamente com as adversidades.

        Porém nesta madrugada (08/08) por volta das 4 horas, a guarda municipal invadiu as barracas ocupadas no Cocó, expulsando os manifestantes de forma arbitrária e desmantelando a ocupação. Toda a arquitetura armada pelo poder institucionalizado foi cuidadosa em relação ao momento eleitoral do próximo ano, uma vez que as desculpas serão de que a ação foi promovida pelo poder municipal, um dos principais interessados na feitura dos viadutos. Então, por que o governador, foi como mensageiro de que as obras seriam efetivadas?

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