A
intolerabilidade dos poderes paralelos ou institucionalizados apesar
de rasgar os direitos constitucionais dos cidadãos, acontecem
sempre nas caladas das madrugadas, quando a cidade dorme. E a
arrogância dos amigos do rei, parece não ter limites, além de
desconhecer a força de um mandato popular, ignora o significado do
que seja nomeação. Todavia o que deveria ser diálogo
argumentativo, parece-me de via única: “faça isso e eu faço
aquilo”.
Onde
não existe serenidade, estimula-se no seio social o surgimento das
desesperanças coletivas. Talvez por isso não podemos mais se quer,
dormir tranquilos em nossas casas, uma vez que o barulho das
inseguranças adentram locais estratégicos e bombardeiam bancos,
desafiando o poder estabelecido e, este por sua vez, com balas de
borrachas e gaz lacrimogênio expulsam ambientalistas defensores da
vida, como também trabalhadores que buscam sua sobrevivência nas
praças da cidade. Porém as ações governamentais, parecem querer
mesmo a higienização humana das diversidades, sem no entanto
minorar a insegurança.
Em
relação aos manifestantes que ocuparam o Parque do Cocó, o Poder
Público Municipal se mostrou inseguro e agiu como criança
“birrenta” que não consegue resolver seus problemas relacionais
na escola e pede ao pai para resolver a “parada”. Quando ninguém
esperava, adentra a ocupação do Cocó, o senhor governador Cid
Ferreira Gomes (PSB) e solicita a retirada dos manifestantes
prometendo fazer a demarcação de um parque ecológico, algo que já
deveria ter sido feito desde 2009 e, sai bem na “fita”, para a
sociedade que assiste à distância, como alguém capaz de dialogar
abertamente com as adversidades.
Porém
nesta madrugada (08/08) por volta das 4 horas, a guarda municipal
invadiu as barracas ocupadas no Cocó, expulsando os manifestantes de
forma arbitrária e desmantelando a ocupação. Toda a arquitetura
armada pelo poder institucionalizado foi cuidadosa em relação ao
momento eleitoral do próximo ano, uma vez que as desculpas serão
de que a ação foi promovida pelo poder municipal, um dos principais
interessados na feitura dos viadutos. Então, por que o governador,
foi como mensageiro de que as obras seriam efetivadas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário