domingo, 25 de agosto de 2013

A Grave Crise da Saúde Brasileira Não é só Pública.


       Um certo dia precisei de um médico e fui parar na emergência de um hospital “leguelhé”, destes que cobram a cara e o suor daqueles que com todo sacrifício buscam alternativas para não padecer nas intermináveis filas da saúde pública. Depois de uma longa espera com uma ficha na mão e sentado numa cadeira de rodas, por não ter onde sentar, passei por uma análise prévia com verificação dos sinais vitais e me colocaram na fila de “emergência” “prioritária”. A princípio fiquei contente, uma vez que seria tecnicamente atendido mais rápido.

        Esperei aproximadamente mais umas duas horas para ser atendido por um senhor que vestia jaleco branco e usava óculos, mas não me viu e sem fazer a anamnese, me perguntou apenas o que sentia. Disse-lhe que estava com febre e fortes dores no corpo. Sem ao menos me auscultar, solicitou um hemograma e prescreveu de imediato dipirona 500mg/ml e Morfina 10mg/ml.

        Como já conhecia o efeito da tal morfina desde o internamento de minha mãe que sofria de “CA” e quando a dor apertava, era a dita morfina que a confortava, disse-lhe que não permitia que tal medicamento me fosse aplicado sem necessidade. Pedi-lhe para prescrever hioscina mais dipirona enquanto aguardava o resultado do hemograma. O que foi feito.

      Após uma hora e meia e, com o resultado em mãos, volto à fila para mostrar ao tal senhor, dito pela instituição médico, o resultado do meu exame e, para minha surpresa tal senhor já havia ido embora. Assim como nas emergências de hospitais públicas, fui atendido por outro profissional de jaleco branco do sexo feminino que quase não me esperou sentar, me inquerindo sobre o raio -x. Preencheu a requisição e lá vou eu de novo enfrentar fila para autorizar e fazer.

        Diante da grave crise da saúde brasileira, sou favorável que a partir de agora os profissionais da saúde, principalmente a pública sejam humanos e que procedam como manda o figurino e a ética médica, independente se brasileiro ou estrangeiro, mas que sejam médicos acima de tudo e que dediquem aos seus pacientes um tempo mínimo para ouvir atentamente suas dores, sendo precisos ao prescrever medicamentos para o tratamento.

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