terça-feira, 27 de agosto de 2013

A Insensatez dos “Beicinhos” Mimados


           Senhores preconceituosos estamos na era da robótica, da cibernética, da internacionalização, do fim das redes locais, das barreiras alfandegárias e geográficas. Xenofobia não deveria combinar com alguém que teoricamente passou por uma Faculdade e se diz médico. Aprendi com meus humildes pais, que devemos tratar muito bem os visitantes, quem sabe um dia sejamos nós.

           Os bravos Médicos Cubanos que aqui chegaram, não mereciam sua falta de educação, sua indelicadeza. Tal ação ao meu ver parece isolada, uma vez que conheço ótimos profissionais da medicina, mas na convivência social, sempre nos deparamos com as frustrações de alguns seres infantis que não conseguem deixar de declarar sua fragilidade, insegurança e incompreensão da concorrência desumana do sistema capitalista. Lamentável!

           Acreditamos numa saúde preventiva e torcemos para que os gerentes de plantão invistam nesta modalidade para desafogar as intermináveis filas em hospitais, sejam públicos ou privados. Quando o governo não faz, deliberadamente criticamos, mas se neste grave momento o governo toma providência, se não concordamos, é preciso um acompanhamento e não fazer “beicinho” feito meninos mimados.

        Sou favorável a implantação do exame “revalida”, universalizando assim sua aplicação imediata para todos os médicos. Será que a defesa veemente do “revalida” tão defendida pelos que estão contrários a vinda de médicos solidários, é universal?

            Sabemos das precárias condições hospitalares. Da Falta de leitos, de estrutura, equipamentos, medicamentos e material humano. Todavia não devemos esquecer a precarização universal das condições impostas pelo sistema da mais valia. Devemos aqui revolucionar esta engrenagem capitalista, promovendo uma alteração imediata das bases da exploração e nos apropriar coletivamente do capital.

domingo, 25 de agosto de 2013

A Grave Crise da Saúde Brasileira Não é só Pública.


       Um certo dia precisei de um médico e fui parar na emergência de um hospital “leguelhé”, destes que cobram a cara e o suor daqueles que com todo sacrifício buscam alternativas para não padecer nas intermináveis filas da saúde pública. Depois de uma longa espera com uma ficha na mão e sentado numa cadeira de rodas, por não ter onde sentar, passei por uma análise prévia com verificação dos sinais vitais e me colocaram na fila de “emergência” “prioritária”. A princípio fiquei contente, uma vez que seria tecnicamente atendido mais rápido.

        Esperei aproximadamente mais umas duas horas para ser atendido por um senhor que vestia jaleco branco e usava óculos, mas não me viu e sem fazer a anamnese, me perguntou apenas o que sentia. Disse-lhe que estava com febre e fortes dores no corpo. Sem ao menos me auscultar, solicitou um hemograma e prescreveu de imediato dipirona 500mg/ml e Morfina 10mg/ml.

        Como já conhecia o efeito da tal morfina desde o internamento de minha mãe que sofria de “CA” e quando a dor apertava, era a dita morfina que a confortava, disse-lhe que não permitia que tal medicamento me fosse aplicado sem necessidade. Pedi-lhe para prescrever hioscina mais dipirona enquanto aguardava o resultado do hemograma. O que foi feito.

      Após uma hora e meia e, com o resultado em mãos, volto à fila para mostrar ao tal senhor, dito pela instituição médico, o resultado do meu exame e, para minha surpresa tal senhor já havia ido embora. Assim como nas emergências de hospitais públicas, fui atendido por outro profissional de jaleco branco do sexo feminino que quase não me esperou sentar, me inquerindo sobre o raio -x. Preencheu a requisição e lá vou eu de novo enfrentar fila para autorizar e fazer.

        Diante da grave crise da saúde brasileira, sou favorável que a partir de agora os profissionais da saúde, principalmente a pública sejam humanos e que procedam como manda o figurino e a ética médica, independente se brasileiro ou estrangeiro, mas que sejam médicos acima de tudo e que dediquem aos seus pacientes um tempo mínimo para ouvir atentamente suas dores, sendo precisos ao prescrever medicamentos para o tratamento.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Platão: Essência e Aparência – Doxa e Episteme


       Principal discípulo e continuador da obra socrática Platão realizou a primeira grande sistematização da filosofia, abrangendo todos os temas discutidos até a sua época.
         Desiludido com a política, da qual seu mestre foi a grande vítima, Platão afasta-se do ideal político de sua juventude, dedicando-se totalmente a filosofia e fundou uma escola que denominou Academia, onde desenvolveu seus estudos.
       Platão acreditava que a verdadeira filosofia busca a essência e que o homem só conhece as aparências, por meio dos sentidos. Apegados as aparências que lhes são trazidas pelas sensações, os homens contentam-se com a opinião (doxa), quando o conhecimento verdadeiro encontra-se na ciência (episteme).
          É possível conhecer essas essências que estão para além do nível da opinião? Sim, é possível conhecer estas essências, as quais ele chama de “eidos”, ideia, forma. O mundo sensível é caracterizado pela pluralidade e pelas mudanças. Existe, no entanto, um mundo inteligível que atende o mundo sensível e no qual estão as ideias; este é o mundo real.
        O conhecimento será sempre uma reminiscência, uma lembrança do mundo das ideias. A “alma” está presa no corpo e é o contato entre o sensível e o devir que lhe faz recordar.
        “Os males não cessarão para os homens antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder.”

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O “Bosta Shake”, Promotor de Doenças Sociais


       Hoje já não vemos com frequência as procissões de retirantes da seca em busca de sonhos alimentares e de esperanças para viver. É bem verdade que os projetos assistencialistas governamentais tem mudado muito a face da fome no nosso país. Entretanto, ainda existem muitas pessoas sofrendo as agruras da vida hierárquica e agora ampliadas com mais uma estiagem nordestina.

        Sofredores, os retirantes alimentam seus sonhos na esperança de vida melhor quando o inverno chegar. É um mundão de esperanças e farturas, mesmo eles sabendo que boa parte de sua produção está destinada aos mercadores locais que “emprestam” as sementes para receber em dobro na colheita final. O raquitismo de esperanças tornou-se crônico na lide honrada do homem do campo. Aquele que certamente sofre fome e sede, mas que alimenta a adiposidade dos sertanistas exploradores.

        A realidade cearense na crise da seca existente, tem aumentado ainda mais o sofrimento dos trabalhadores rurais, o que me faz lembrar aqui dos “homens gabirus” nordestinos, relatados pelo grande mestre Josué de Castro. Não venha dizer que o homem não quer mais trabalhar, isso não é verdade. O que este homem não aceita mais, são as migalhas a ele destinadas por longas horas de trabalho em benefício daquele senhor que certamente já teve suas dívidas bancárias reduzidas através de projetos políticos e parciais, sem o verdadeiro cuidado com o trabalhador.

        Com a fome e a sede as pessoas agonizam nos torrões cearenses. E a falta D'Água, vem sendo suprida precariamente com uns poucos litros diários de “bosta shake”, ou seja, o tal líquido servido aos cearense sofredores da seca, nada mais é, que uma mistura de água com coliformes fecais.

        Enquanto a desesperança alimenta os sonhos das barrigas famintas, os banquetes estão sendo servidos no palácio governamental, como exibicionismo de fartura. Isso sim é fortalecer a hierarquia do capital em benefício de prestígio social, alimentando as gordas doações para as próximas eleições dos senhores produtores da pobreza, como capital eleitoral.


Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem”.

O Bicho de Manuel Bandeira



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Vem Pras Ruas PT!


          Vejo hoje o PT muito distante das manifestações representativas dos anseios sociais, mas nem por isso deixo de reconhecer que muitas lutas já foram travadas em defesa do povo e pela liberdade coletiva até tornar-se refém das garras ambiciosas daqueles que sempre estiveram contrários às lutas libertárias.

          Tais investidores do quanto pior melhor, para derrotar o PT, estão na retaguarda dos avanços sociais e como não podem declarar-se contrários, abertamente, omitem que muito está sendo feito em benefício dos mais necessitados, também não posso negar que muito se faz em benefício dos empresários e banqueiros.

        As amarras dos donos do capital que investiram e cotidianamente investem nos pseudos representantes para fortalecer seus interesses, retiram do poder central a capacidade de cobrar dívidas de tais donos do capital.

         A eufórica torcida explícita de alguns representantes da velha mídia pelo retorno da alta inflação a fim de iludir o povo de que a crise é do governo e não do capitalismo mundial, representa um comportamento egoísta e cheira mal caratismo destes devedores midiáticos, pois não acredito que profissionais competentes de repente passem a desconhecer a história política e economia mundial.

         Com a declaração de que aconteceu uma leve queda da inflação, os mesmo contrários, agora se dizem sabedores de que era inevitável tal queda. Não entendo, se sabiam porque, não propagaram antes para a população no sentido de tranquilizá-la. Por estas e muitas outras falácias transmitem a angústia e as desesperanças ao senso comum para fortalecer sempre aqueles “podres poderes”

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

“Os Podres Poderes”?


           A intolerabilidade dos poderes paralelos ou institucionalizados apesar de rasgar os direitos constitucionais dos cidadãos, acontecem sempre nas caladas das madrugadas, quando a cidade dorme. E a arrogância dos amigos do rei, parece não ter limites, além de desconhecer a força de um mandato popular, ignora o significado do que seja nomeação. Todavia o que deveria ser diálogo argumentativo, parece-me de via única: “faça isso e eu faço aquilo”.

          Onde não existe serenidade, estimula-se no seio social o surgimento das desesperanças coletivas. Talvez por isso não podemos mais se quer, dormir tranquilos em nossas casas, uma vez que o barulho das inseguranças adentram locais estratégicos e bombardeiam bancos, desafiando o poder estabelecido e, este por sua vez, com balas de borrachas e gaz lacrimogênio expulsam ambientalistas defensores da vida, como também trabalhadores que buscam sua sobrevivência nas praças da cidade. Porém as ações governamentais, parecem querer mesmo a higienização humana das diversidades, sem no entanto minorar a insegurança.

         Em relação aos manifestantes que ocuparam o Parque do Cocó, o Poder Público Municipal se mostrou inseguro e agiu como criança “birrenta” que não consegue resolver seus problemas relacionais na escola e pede ao pai para resolver a “parada”. Quando ninguém esperava, adentra a ocupação do Cocó, o senhor governador Cid Ferreira Gomes (PSB) e solicita a retirada dos manifestantes prometendo fazer a demarcação de um parque ecológico, algo que já deveria ter sido feito desde 2009 e, sai bem na “fita”, para a sociedade que assiste à distância, como alguém capaz de dialogar abertamente com as adversidades.

        Porém nesta madrugada (08/08) por volta das 4 horas, a guarda municipal invadiu as barracas ocupadas no Cocó, expulsando os manifestantes de forma arbitrária e desmantelando a ocupação. Toda a arquitetura armada pelo poder institucionalizado foi cuidadosa em relação ao momento eleitoral do próximo ano, uma vez que as desculpas serão de que a ação foi promovida pelo poder municipal, um dos principais interessados na feitura dos viadutos. Então, por que o governador, foi como mensageiro de que as obras seriam efetivadas?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

É Hora da Revoada?


          Será que alguém pode acreditar no rompimento do PDT com o Planalto Central? Particularmente não acredito no que não existe. Quem acompanha as ações parlamentares no Congresso Nacional, sabe que os maiores expoentes da sigla são oponentes da administração central, apoiando apenas de forma pontual, como é o caso Senador Cristovam Buarque e Pedro Taques. Muito embora ainda mantendo o Ministério do Trabalho.

        Entretanto existe um deputado cearense que deseja tirar do tabuleiro das concorrências internas para a Câmara Federal e defende a candidatura de um fortíssimo correligionário ao Governo ou Senado Federal. Acredite não deputado. O senhor foi muito bem votado nas eleições passadas, mas sabe, cada eleição é um novo processo, mesmo aliando-se aos líderes das atuais pesquisas.

          As especulações diárias sobre uma possível aliança do PDT local com o senhor Tasso Ribeiro Jereissati (PSDB) é algo imprescindível para a manutenção de poder para alguns membros PDTistas que querem sair da base aliada. Todavia este processo aliancista beneficiará uns poucos e tirará do páreo o Deputado Heitor Férrer se acreditar em possibilidade de vitória eleitoral majoritária. Ficando sem mandato dois longos anos fica difícil uma substancial candidatura de Férrer à prefeitura em 2016.

       Os interesses estão postos e o desejo de sair do governo é muito conveniente, uma vez as pesquisas de intenções de votos apontam momentaneamente dificuldades para a presidenta Dilma Rousseff (PT) faturar reeleição. Mas se isso acontecer, toda a revoado rebelde retorna aos tapetes vermelhos do poder oportunizando novamente uma fragilizada base “aliada”.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

E a Credibilidade Despencou


       Nos últimos dias a velha mídia alardeou pelos os quatro cantos das cidades a despencada vertical da presidenta Dilma Rousseff (PT) como se fosse apenas a representante do Planalto Central que desabasse em queda livre e pondo em risco seus planos de reeleição.

        A imparcialidade deveria ser uma constante no meio de comunicação, entretanto este poder de mais alienação que informação, omite que o poder judiciário também está em queda livre de credibilidade diante da sociedade. Pois na mesma pesquisa, menciona que tal poder despencou 13 % e está em décimo lugar na escala da credibilidade. Não falam da falta de credibilidade do Congresso Nacional que está na “rabeira” da relação. Deixam de falar da baixa popularidade do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). E aqui no Ceará ninguém fala, que o governador Cid Ferreira Gomes (PSB), caiu de 60 para 40% de aprovação popular. Portanto despencou 20 pontos percentuais e tudo funciona na normalidade, somente a presidenta Dilma é mencionada em queda livre.

        Diante destes e tantos outros acontecimentos, o Papa Francisco, tinha razão em falar que a juventude precisa ter cuidado com o poder de alienação e manipulação de alguns oportunistas de plantão. Relembrando aqui que no início das manifestações livres e democráticas da Copa das Reivindicações, a parcialidade midiática era radicalmente contrária às manifestações nômades e, até as chamavam de “movimentos anarquistas e irresponsáveis”. Pouco tempo percebe a força da juventude e dedica imensos espaços na “imexível” grade de programação global. Hipocrisia!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

As Falácias das Relações Harmônicas de Convivência


        A contratualidade de convivência política brasileira entre os detentores do vil metal versos os donos dos reais poderes, chega ao ápice da crise e impõe o rompimento das relações harmônicas de convivência. Os desmandos administrativos aplicados rotineiramente à República, causa inquietudes no seio manso do povo mais sensível. Já que as ações governamentais dos gerentes de plantão deveriam gerir a coisa pública. A hierarquia dominante eurocêntrica determinou uma moderna forma de exploração para evitar uma possível 'guerra de todos contra todos' , uma vez que o egoísmo humano precisa ser acomodado nas contradições cotidianas das vivências sociais. Para tal ação, junta-se a filosofia de Hobbes e as transcendências para justificar a dominação de alguns iluminados pela maioria detentora dos poderes.

         Recentemente a maioria detentora dos poderes foi às ruas para mostrar suas indignações com a mau representatividade congressista. Tais legisladores em sua grande maioria esquecem seus ideais de representação e passa a legislar em causa própria ou diretamente em benefício daqueles que investiram dinheiro para eleger significativa fração da barganha legislatura. Falsos representantes desconhecem as leis que deveriam reger a República e acreditam ser donos dos seus mandatos. Por conta destes descasos e outros mais, a juventude toma conta das ruas da cidades em manifestações reivindicatórias e pregam susto aos gerentes de plantão. De repente parece que todos os gerentes e representantes do povo acordaram ou disfarçam estar atentos às manifestações no sentido de sofismar diante da crise ética generalizada.

        Ao negligenciar seu histórico papel de instituição jurídica, responsável pelo gerenciamento republicano da sociedade brasileira, o Estado se mostra fragilizado em suas bases estruturais. E as mazelas do capital não custa a vir à tona. Tais mazelas agonizantemente emergiram como esferas periféricas sociais até chegarem a seu ápice. E de repente atinge as camadas privilegiadas que também são exploradas e pagam impostos para o “manter social”. Será que entraremos numa 'guerra interminável de todos contra todos'? Historicamente a resposta é não. Nem mesmo a ascensão dos iluministas transmutará tal realidade capital. Entretanto faz-se necessário um cuidado especial para o trato das coisas públicas, uma vez que as manifestações nômades se direcionam para uma maior participação do povo nas decisões gerenciais do poder representado.

        O Congresso Nacional está brincando com os sentimentos populares que de forma nômade, sem direcionamento, mostrou sua insatisfação. Como é possível num momento de crise, aplicar o descaso de forma descarada? Tal recesso branco não poderia estar acontecendo, pois o Congresso Nacional não fez seu dever de casa e a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, ficou para agosto como forma de afrontar e medir a paciência do povo. Senhores representantes, sejam conscientes de suas representações e assumam imediatamente seu papel na República Brasileira, ou teremos o caos estabelecido.