Já
é hora da união daqueles que defendem a classe trabalhadora,
fortalecer a democracia e ignorar a tal governabilidade reacionária
direitista, que sempre esteve distante das reivindicações populares
e agora pousa de companheiros com o governo central. Existe um dito
popular que traduz muito bem meu sentimento: “diz-me com quem
andas, que te direi quem és”.
As
manifestações que ora invadem as ruas, assim como o comercial da
“Fiat”, demonstram um caráter democrático e espontâneos,
contudo “peca” por não aceitar a militância partidária
ideológica. Sabemos que na Grécia Antiga, berço da civilização
Ocidental, a democracia era escravista, e acredito que na sociedade
capitalista jamais viveremos numa pura “autonomia cidadã”, pois
ainda demandará muitos séculos para chegar ao “Anarquismo” como
sistema social, onde as pessoas seriam realmente autônomas, tomando
decisões coletivas e não dependeriam de partidos políticos.
Nos
anos 80 saímos às ruas com a bandeira da liberdade pela anistia,
pela meia no cinema, pelas “Diretas já, já” e sem medo, sem
Maluf e sem Tancredo. Participamos da primeira greve geral do Brasil e
transformamos nossa Fortaleza desposada quase que numa “comuna”
com a eleição da Prefeita Maria Luíza Fontenele. “Lula lá,
quero ver chegar” etc. & tal.
O
tempo passou e o poder do capital provocou no Partido dos
Trabalhadores uma certa inércia. Associou-se às elites dominantes
para representar o vil metal e esqueceu as lutas populares para
gerenciar o capital. Entretanto cedeu espaços importantes para
velhos inimigos que hoje entravam o desenvolvimento social, buscando
seu fortalecimento fisiológico para derrubar o PT do poder. A hora é
agora do PT rever sua ideologia e chamar pra si as ideologias
populares.
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