domingo, 2 de novembro de 2014

Serenidade e Bom Senso é o Mote do Momento


Difícil acreditar que em pleno século da robótica existem ainda pessoas que desconfiam da força do homem no conduzir cotidianamente as máquinas em função do progresso. Os avanços que ora ocorrem na medicina representam resultados positivos e confiáveis nos atos cirúrgicos. Que os “games” do momento demonstram um grande salto da tecnologia etc e tal.

Custa-me acreditar que alguém com o mínimo de discernimento possa, só pelo fato da contrariedade, acreditar que as urnas eletrônicas foram adulteradas e os resultados manipulados. Quais foram os indícios que demonstram piamente tal acusação? Contrariar interesses não vale? Os resultados das urnas foram as reais posições expressas nas ruas das cidades e do páis. Não se pode ficar feito crianças mimadas por contrariedades acontecidas e não favoráveis aos desejos insaciáveis de mudanças que, na maioria das vezes, podem até acontecer na permanência.

Afinal de contas o que mesmo podemos neste sentido chamar de mudanças? Construir coletivamente a democracia é o mote. O país não pode repensar o retrocesso como mudanças, pois foram vinte e poucos anos de luta para redemocratizar o Brasil e agora é proativo ir às ruas cobrar dos gerentes de plantão ações republicanas no gerir da coisa pública. Se queremos mais espaços no campo democrático devemos exigir que o Congresso Nacional reveja posição em relação a efetivação das conquistas sociais expressas na Constituição Democrática de 1988.

O Congresso que demonstrou, no último dia 28 de outubro, um certo revanchismo e oportunismo fisiológico em relação ao resultado das urnas, quando derrota os Conselhos Populares e se utiliza, falaciosamente, do argumento de que o povo não pode interferir nas deliberações de tal Instituição. Onde estão as mudanças que o “monstro adormecido”, quando parecia ter acordado, cobrou nas ruas em 2013?

O processo histórico é real e as conquistas são lentas e moderadas. Poucas coisas acontecem na celeridade dos desejos pessoais e na efervescente e juvenil adolescência. Discernimento é o caminho do bom senso, da maturidade. Buscar agir pela emoção só caracteriza em nós a fragilidade humana da extemporaneidade.

Ninguém acorda bravamente na busca coletiva do passado. Os avanços do desenvolvimento do pensamento humano nos colocam na crista da onda das reflexões e, como seres dialéticos, buscamos na lide compreender os espaços no tabuleiro da democracia e criarmos afetivas condições dialógicas no campo social e humano. Mesmo que os embates políticos aconteçam com certa frequência, é imperativo que busquemos condições democráticas com total firmeza ideológica na conquista da coletividade brasileira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário