As
manifestações populares existentes nas redes sociais são de uma
criatividade genial para o fortalecimento da jovem democracia
brasileira, muito embora de forma representativa, onde pessoas
delegam poderes aos “ditos” representantes do povo. Vale muito
investir neste processo. Cito aqui a importante lei da “Ficha
Limpa”.
É
claro que os escândalos frequentes causam constrangimentos e um
certo desconforto à sociedade como um todo. Entretanto o descrédito
nos pseudos parlamentares, põe em cheque a educação de uma parcela
de pessoas que ainda por desconhecimento ou por pequenas benesses,
favorecem outras tantas, destituídas de ética e moral, colocando-as
no poder representativo e desnudando
os anseios de mudanças sociais almejado pela grande maioria da
população.
É
comum ouvir repetidas, ingênuas e roucas vozes dizer que todos são
iguais numa generalização total e absoluta, mas o grande Nelson
Rodrigues já dizia que toda unanimidade é burra, portanto, faz-se
necessário alterar esta lógica e reivindicar direitos republicanos
de cidadãos numa caminhada em direção ao fortalecimento do
processo democrático brasileiro.
Muitos
já se foram e outros tantos precisam tomar seu caminho de volta ao
lar doce lar, permitindo a evolução das manifestações populares.
Todavia se deve observar criteriosamente os interesses em jogo para
não ser apenas massa de manobra de grupos inescrupulosos que buscam
fortalecer interesses particulares. Perceba que o ex-deputado Ibsen
Pinheiro foi vítima de certos interesses antipopulares e o tempo já
mostrou que tal grupo beneficiado estava errado. Como também se
mostrou errado passando para a sociedade o ex-senador Demóstenes
Torres (DEM-GO) como um Arauto da Moralidade, uma vez constatado seu
envolvimento com um nato representante da ilegalidade, um
contraventor que ditava pauta e o que fazer a tal grupo.
Não
estou aqui querendo desestabilizar o governo central e até dedico
meu apoiamento ao modo como vem gerenciando as políticas públicas,
a nossa presidenta Dilma Rousseff. Porém, defendo a renúncia do
Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) como forma de restabelecer a ética
na política, uma vez já comprovada seu envolvimento irregular com a
coisa pública. Entretanto não paro por aqui, pois o presidente da
Câmara Federal, Deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) engrossa
as fileiras e também merece renunciar, coisas que o grande movimento
midiático esquece , ou não está reivindicando.
Para
o real fortalecimento da ética e da democracia na política
precisamos da consciência coletiva nas reivindicações, sem
privilegiar correntes políticas e ou ideológicas. Sem “dois pesos
e duas medidas”, sem demagogias momentâneas, mas com o propósito
ético e social.
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