Ontem
à noite, ao chegar em casa depois da lide diária, sentei-me no sofá
e de repente me vi assistindo a novela da rede globo e o excêntrico
“Félix”, personagem que mexe com o imaginário popular, vivido e
bem representado por Mateus Solano. Nesse instante passou pela minha
cabeça um “filminho” daqueles sobre as criações globais de
produção. A Rede Globo, não me representa como mídia
jornalistica, mas não posso deixar de reconhecer seu potencial de
fazer novelas e dos bons profissionais que nela atuam.
Quantos
“Félix” já foram inventados na ficcionística rede Globo,
comecei a refletir. A Carminha dona do bem e do mal e tantos outros
seres da ficção, seja novelística ou política. E por falar em
política, quem lembra daquele personagem global das Alagoas? É, o
caçador de marajás! Sendo oposição aos candidatos Leonel de Moura
Brizola e Luiz Inácio Lula da Silva, a Globo investiu e garantiu
Collor no Planalto Central. Ladeada ao collorido, a Globo continua
sua lua-de-mel com o poder.
Tudo
é festa enquanto rola a completude dos interesses privados,
entretanto, ao romper a magia das benesses, mudam-se os focos
midiáticos e com seu forte poder de iludir, propaga os “caras
pintadas” e a derrubada de Collor. O tempo passa e novas novelas e
personagens políticos desfilam no tabuleiro midiático da
ficcionística Globo. FHC, Serra, Alckmin & Cia LTDA. Tudo dentro
dos padrões globais.
De
repente, não tão acelerado, surge no Planalto Central alguém
distante das simpáticas benesses do capital. Oriundo do Nordeste, do
sindicalismo e das massas, Lula desfila em tapetes vermelhos do poder
e fere o “brio” da elite conservadora, detentora do vil metal e
da parcial global das ilusões. A festa das ruas premiavam o novo
governo, desta feita, a “cara do povo”. “Engolir sapo” é uma
atividade indigesta para quem sempre esteve na crista da onda.
Todavia, o Ibope estava garantido com as entrevistas exclusivas do
então presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva, até que cansasse
a sua beleza.
Estamos
hoje vivenciando mais um personagem de “sucesso” da ficção
global na real sociedade Brasil, que certamente, assim como na ficção
novelística, não passará muito tempo em lua-de-mel com os altos
índices de audiência, e possivelmente os ventos delirantes do
oportunismo ditarão as trilhas a seguir. Pelo o visto, a corda já
começa a ruir, e “quem viver, verá”.
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