quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A Rebeldia Poética Enclausurada


A rebeldia contida no afastamento sociopolítico cultural, detém parte integrante da adolescência permanente de um poeta que sonhou com a revolução. Revolução tardia, promotora das acomodações de um coração perdido entre os acontecimentos voláteis da vida cotidiana.

Tudo não passou de uma quimera e as pressões de convivência, de repente muda a rota dos sonhos, que permanecem adormecidos no meio de um infernal barulho, onde poucas pessoas escutam a voz do silêncio.

Repressão contínua e contida nos moldes globalizantes, onde os sonhos distam do real e as correntes mediadoras dos tempos te escravizam numa hipocrisia fenomenal de isolamento social.

Mesmo entre as correntes do isolamento, onde tudo parece irreal, as pessoas transitam como múmias ambulantes numa vitrine inacessível do real, sem rebeldia nem romantismo e sem dialética. Atento aos turbilhões dos acontecimentos, o poeta sonha.

Sem contentamento, permanece enclausurado o poeta na angustiante rotina do vai e vem global, onde as pessoas tornam-se invisíveis para as ações dominantes do ter, mas o poeta não se entrega, e isolado na multidão, tenta viver sua rebeldia.

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