quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Os Movimentos Reivindicatórios X Arrogância Plantonista


Não entendo como pessoas bem nascidas, “representantes” da exploração capitalista, perdem facilmente a esportiva e partem para ações de confronto com manifestantes que veementemente buscam seus direitos através do diálogo. É de praxe alguns gerentes de plantão, negar o diálogo antecipado e na agonia da militância, colocam-se arrogantes e afirmam categoricamente que não dialogam com manifestantes em greve. Cômodo! Muito cômodo!

Ninguém é tão ingênuo a ponto de deflagrar um movimento paredista antes de se esgotar a fase do diálogo. Tentativas de diálogos, busca de consenso em exaustivas reuniões e as aspirações reivindicatórias caminham em linhas paralelas com a intransigência majoritária governista.

Muitos que brilharam nas lutas por uma transformação social, ou pela conquista imediata do bem estar social, hoje se perderam nesta trajetória, por não compreender a dinâmica coletiva na sua concretude e, permeiam as bases governistas das acomodações.

Acreditar nas manifestações nômades é revolucionar a lide cotidiana e negar a práxis da crítica pela crítica. Os movimentos da Copa das Reivindicações ainda estão nas ruas, com roucas vozes e “tudo continua como d'antes no quartel de Abrantes”. A violência patrocinada pelo Estado na maioria das vezes é omitida, todavia a tática dos “black blocks” desfila livremente pelas ondas globais do vandalismo.

O ex”tudo”, quase “deus” que nunca fez chover na horta dos trabalhadores, secretário de Saúde do Estado do Ceará, na sua infalibilidade governamental se encontrou com manifestantes e partiu para o confronto. Rasgou cartaz e afirmou que seu irmão jamais dialogará com o “PSOL”, com manifestantes em greve. Tenho grandes dificuldades, mas até entendo, sua postura defensora do status quo, todavia, me nego a entender sua ação agressiva com os jovens estudantes da UECE. O cara é representante nato do Estado e ainda existem setores da imprensa que negam a violência Estatal do vil metal.

Sou de um tempo em que o diálogo estava presente nas relações fragilizadas do eu coletivo e que a ponderação e a serenidade eram bases das relações humanas para fortalecer o convívio democrático.

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