sábado, 13 de junho de 2015

O Blá, Blá Blá das Redes Sociais


O Estado Democrático de Direito possibilita dialeticamente as multiculturalidades ideológicas fundamentadas na razão e pautadas no conhecimento de causa, dos fatos concretos e vivenciados nas lides do cotidiano de um povo.

Algo de difícil compreensão está nas múltiplas “opiniões” daqueles que nem se reconhecem como um ser político e, assim, negam a concepção Aristotélica de que “todo homem é por natureza um animal político” e a etimologia da palavra democracia, empregando-a, na maioria das vezes, apenas como o direito de delegar aos iluminados o poder capital, sem no entanto fazer parte da essência de tal poder.

Ao receber título de Doutor Honoris causas de comunicação e cultura na Universidade Italiana de Turim, Umberto Eco, disse com muita propriedade que as redes sociais deram voz a legião de imbecis. Não estou aqui querendo ser o latifundiário do conhecimento, até porque tenho a compreensão da limitação humana e, muitas coisas fazem parte da minha ignorância, todavia não costumo argumentar sobre as coisas que se dista da minha limitada capacidade de entender.

Ainda há pouco, sem querer, e só li por conta da credibilidade que dedico ao perfil, horríveis comentários sobre Che Guevara sem no entanto compreender os fatos dos quais se fazia tais comentários. Sempre foi plural e defensor da liberdade de expressão, mas certas coisas estão meio “porra louca” e recheadas de preconceito. Por que inferir juízo de valor sem o conhecimento do fato? Como alguém pode criticar Karl Marx sem ler o seu “Capital” teórico?

Negar as experiências socialistas é direito daqueles que conhecem e não as reconhecem, mas negar simplesmente por negar, sem no entanto procurar conhecer tal realidade, é no mínimo indisposição de leitor e ignorância declarada.

Ninguém é obrigado compreender o todo, mas, a priori, é fundamental conhecer algo para “vomitar” palavras como convencimento ideológico capital.

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