O
Estado Democrático de Direito possibilita dialeticamente as
multiculturalidades ideológicas fundamentadas na razão e pautadas
no conhecimento de causa, dos fatos concretos e vivenciados nas lides
do cotidiano de um povo.
Algo
de difícil compreensão está nas múltiplas “opiniões”
daqueles que nem se reconhecem como um ser político e, assim, negam
a concepção Aristotélica de que “todo homem é por natureza um
animal político” e a etimologia da palavra democracia,
empregando-a, na maioria das vezes, apenas como o direito de delegar
aos iluminados o poder capital, sem no entanto fazer parte da
essência de tal poder.
Ao
receber título de Doutor Honoris causas de comunicação e cultura
na Universidade Italiana de Turim, Umberto Eco, disse com muita
propriedade que as redes sociais deram voz a legião de imbecis. Não
estou aqui querendo ser o latifundiário do conhecimento, até porque
tenho a compreensão da limitação humana e, muitas coisas fazem
parte da minha ignorância, todavia não costumo argumentar sobre as
coisas que se dista da minha limitada capacidade de entender.
Ainda
há pouco, sem querer, e só li por conta da credibilidade que dedico
ao perfil, horríveis comentários sobre Che Guevara sem no entanto
compreender os fatos dos quais se fazia tais comentários. Sempre
foi plural e defensor da liberdade de expressão, mas certas coisas
estão meio “porra louca” e recheadas de preconceito. Por que
inferir juízo de valor sem o conhecimento do fato? Como alguém pode
criticar Karl Marx sem ler o seu “Capital” teórico?
Negar
as experiências socialistas é direito daqueles que conhecem e não
as reconhecem, mas negar simplesmente por negar, sem no entanto
procurar conhecer tal realidade, é no mínimo indisposição de
leitor e ignorância declarada.
Ninguém
é obrigado compreender o todo, mas, a priori, é fundamental
conhecer algo para “vomitar” palavras como convencimento
ideológico capital.
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