sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O Poder da Globo


Ontem à noite, ao chegar em casa depois da lide diária, sentei-me no sofá e de repente me vi assistindo a novela da rede globo e o excêntrico “Félix”, personagem que mexe com o imaginário popular, vivido e bem representado por Mateus Solano. Nesse instante passou pela minha cabeça um “filminho” daqueles sobre as criações globais de produção. A Rede Globo, não me representa como mídia jornalistica, mas não posso deixar de reconhecer seu potencial de fazer novelas e dos bons profissionais que nela atuam.

Quantos “Félix” já foram inventados na ficcionística rede Globo, comecei a refletir. A Carminha dona do bem e do mal e tantos outros seres da ficção, seja novelística ou política. E por falar em política, quem lembra daquele personagem global das Alagoas? É, o caçador de marajás! Sendo oposição aos candidatos Leonel de Moura Brizola e Luiz Inácio Lula da Silva, a Globo investiu e garantiu Collor no Planalto Central. Ladeada ao collorido, a Globo continua sua lua-de-mel com o poder.

Tudo é festa enquanto rola a completude dos interesses privados, entretanto, ao romper a magia das benesses, mudam-se os focos midiáticos e com seu forte poder de iludir, propaga os “caras pintadas” e a derrubada de Collor. O tempo passa e novas novelas e personagens políticos desfilam no tabuleiro midiático da ficcionística Globo. FHC, Serra, Alckmin & Cia LTDA. Tudo dentro dos padrões globais.

De repente, não tão acelerado, surge no Planalto Central alguém distante das simpáticas benesses do capital. Oriundo do Nordeste, do sindicalismo e das massas, Lula desfila em tapetes vermelhos do poder e fere o “brio” da elite conservadora, detentora do vil metal e da parcial global das ilusões. A festa das ruas premiavam o novo governo, desta feita, a “cara do povo”. “Engolir sapo” é uma atividade indigesta para quem sempre esteve na crista da onda. Todavia, o Ibope estava garantido com as entrevistas exclusivas do então presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva, até que cansasse a sua beleza.

Estamos hoje vivenciando mais um personagem de “sucesso” da ficção global na real sociedade Brasil, que certamente, assim como na ficção novelística, não passará muito tempo em lua-de-mel com os altos índices de audiência, e possivelmente os ventos delirantes do oportunismo ditarão as trilhas a seguir. Pelo o visto, a corda já começa a ruir, e “quem viver, verá”.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O PT e os “Amigos da Onça”


A prisão de José Genoino e Zé Dirceu em pleno dia da Proclamação da República, foi realmente o grande estrago para o Partido dos Trabalhadores, além de uma excelente estratégia midiática, mas certamente será positivo para a reeleição da Presidenta Dilma Rousseff (PT), pois o em 2014 nenhum partido poderá falar em corrupção do PT. E somente o PT poderá cobrar responsabilidades dos demais. Se no PT houve corrupção, seus membros culpados foram condenados e presos, já os demais partidos... Fica a dolorosa interrogação para futuras reflexões...

Não estamos aqui justificando as possíveis falhas cometidas em nome da governabilidade Petista. Entretanto, o Brasil passa a vivenciar o aprimoramento da Jovem Democracia Brasileira e isto é extremamente positivo para o combate à corrupção desenfreada, patrocinada pelas normas do capital com o aval daqueles diretamente beneficiados com o vil metal.
 
O aprendizado deverá ser bem intenso para o PT que gerencia a sociedade capitalista Brasileira, uma vez que chegando ao poder, passou a mudar suas práticas democráticas, antes ao lado e na defesa dos trabalhadores, passa a conviver e ter como aliados seus antigos inimigos e atuais “amigos da onça”, como diria meu sábio pai. Aliados do fisiologismo permanente, continuam em busca de benesses pessoais e ao serem contrariados, nem se envergonham de seu mau caratismo e ignorância do que seja Res Pública.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A Rebeldia Poética Enclausurada


A rebeldia contida no afastamento sociopolítico cultural, detém parte integrante da adolescência permanente de um poeta que sonhou com a revolução. Revolução tardia, promotora das acomodações de um coração perdido entre os acontecimentos voláteis da vida cotidiana.

Tudo não passou de uma quimera e as pressões de convivência, de repente muda a rota dos sonhos, que permanecem adormecidos no meio de um infernal barulho, onde poucas pessoas escutam a voz do silêncio.

Repressão contínua e contida nos moldes globalizantes, onde os sonhos distam do real e as correntes mediadoras dos tempos te escravizam numa hipocrisia fenomenal de isolamento social.

Mesmo entre as correntes do isolamento, onde tudo parece irreal, as pessoas transitam como múmias ambulantes numa vitrine inacessível do real, sem rebeldia nem romantismo e sem dialética. Atento aos turbilhões dos acontecimentos, o poeta sonha.

Sem contentamento, permanece enclausurado o poeta na angustiante rotina do vai e vem global, onde as pessoas tornam-se invisíveis para as ações dominantes do ter, mas o poeta não se entrega, e isolado na multidão, tenta viver sua rebeldia.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Jango Retorna a Brasília e Recebe Homenagem


O Senador Randolfe Rodrigues PSOL – AP, pretende fazer uma bela homenagem ao ex-presidente João Belchior Marques Goulart, popularmente conhecido como Jango, tornando nula a ação do Congresso Nacional do dia Primeiro de Abril de 1964, que determinava vaga à presidência da República do Brasil. Naquele momento, o ex-presidente João Goulart, havia se ausentado de Brasília em busca de apoio no seu Rio Grande do Sul e encontrou, mas para evitar um conflito sangrento entre militares e civis decidiu não atacar, evitando assim uma secessão.

Não cabe aqui questionar o ato de Goulart, todavia a história precisa esclarecer os fatos obscuros que privilegia apenas a visão majoritária do militarismo, ao afirmar que Jango foi vítima de um ataque cardíaco.

Na última sexta feira 08, teve início o processo de exumação dos restos mortais de Jango com intuito de esclarecer historicamente a causa de sua morte. Sabemos que há suspeita de que Jango tenha sido envenenado, durante a *Operação Condor*, por militares uruguaios a mando do governo brasileiro.

Agora, 50 anos depois, o ex-presidente João Belchior Marques Goulart, Jango, volta ao Distrito Federal e receberá uma justa homenagem. O reconhecimento do Estado. Parabéns Senador Randolfe pela sua iniciativa.

*Operação Condor = aliança entre as ditaduras militares da América do Sul nos anos 1970.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Os Movimentos Reivindicatórios X Arrogância Plantonista


Não entendo como pessoas bem nascidas, “representantes” da exploração capitalista, perdem facilmente a esportiva e partem para ações de confronto com manifestantes que veementemente buscam seus direitos através do diálogo. É de praxe alguns gerentes de plantão, negar o diálogo antecipado e na agonia da militância, colocam-se arrogantes e afirmam categoricamente que não dialogam com manifestantes em greve. Cômodo! Muito cômodo!

Ninguém é tão ingênuo a ponto de deflagrar um movimento paredista antes de se esgotar a fase do diálogo. Tentativas de diálogos, busca de consenso em exaustivas reuniões e as aspirações reivindicatórias caminham em linhas paralelas com a intransigência majoritária governista.

Muitos que brilharam nas lutas por uma transformação social, ou pela conquista imediata do bem estar social, hoje se perderam nesta trajetória, por não compreender a dinâmica coletiva na sua concretude e, permeiam as bases governistas das acomodações.

Acreditar nas manifestações nômades é revolucionar a lide cotidiana e negar a práxis da crítica pela crítica. Os movimentos da Copa das Reivindicações ainda estão nas ruas, com roucas vozes e “tudo continua como d'antes no quartel de Abrantes”. A violência patrocinada pelo Estado na maioria das vezes é omitida, todavia a tática dos “black blocks” desfila livremente pelas ondas globais do vandalismo.

O ex”tudo”, quase “deus” que nunca fez chover na horta dos trabalhadores, secretário de Saúde do Estado do Ceará, na sua infalibilidade governamental se encontrou com manifestantes e partiu para o confronto. Rasgou cartaz e afirmou que seu irmão jamais dialogará com o “PSOL”, com manifestantes em greve. Tenho grandes dificuldades, mas até entendo, sua postura defensora do status quo, todavia, me nego a entender sua ação agressiva com os jovens estudantes da UECE. O cara é representante nato do Estado e ainda existem setores da imprensa que negam a violência Estatal do vil metal.

Sou de um tempo em que o diálogo estava presente nas relações fragilizadas do eu coletivo e que a ponderação e a serenidade eram bases das relações humanas para fortalecer o convívio democrático.