Cansados
da convivência cotidiana do levar vantagem em tudo e do mal
gerenciamento da República nos últimos quinhentos anos o Ministério
Público Federal e a sociedade brasileira travaram uma incansável
luta contra a corrupção. Será que agora a população percebeu as
armadilhas da exploração e expropriação capital na sociedade
capitalista?
Não
vou “mencionar” nada antes da Ação Penal 470 e a Operação
Lava Jato da Polícia Federal. Isso já seria o bastante para
indignar alguém. Indignar, verbo imperativo da cidadania
contemporânea, todavia, tal indignação não me parece real na sua
totalidade. Parte da população sofre com as irregularidades
governamentais dos maus gerentes do capital que prioriza suas ações
particulares em detrimento das políticas públicas nos três níveis
da esfera governamental e, diga-se de passagem, com raríssimas
exceções.
Parece-me
que a Ação Penal 470 não teve resultado positivo e
consequentemente a redução das práticas ilegais do dinheiros
público, mas despertou uma certa parcela anestesiada da sociedade
pelas propagandas astronômicas que não representam resultados.
É
Bem verdade que a Operação Lava Jato mobilizou grande parte da
sociedade que deseja um bom gerenciamento da coisa pública e não
aceita ser ludibriada pelos maus gestores do capital. Entretanto,
desconfio que boa parte das mobilizações sociais sofreram
influência direta de uma camada social insatisfeita com a gestão da
presidente Dilma Rousseff, (re)eleita em 2014. Não devo mencionar
que tudo isso aconteceu pelas tais pedaladas no governo Dilma, que
logo após o seu afastamento, foi legalizada pelo Congresso Nacional
e as indignações contra a corrupção ficaram bem mais restritas.
Algumas
pessoas foram indiciadas e culpadas pela prática efetiva da
corrupção propagada na sociedade Brasil. Outros tantos implicados,
mesmo quando são encontradas provas cabais das irregularidades
aplicadas, tais entes políticos parecem ser “blindados” pela
Justiça capital. Infelizmente parece-me institucionalizada a
corrupção no Planalto Central com “compra de deputados” para
livrar Temer de ser julgado pelo STF pelas irregularidades cometidas
durante seu “governo” e aquela parcela da sociedade, antes
indignada, cala-se e se transforma em acomodados incomensuráveis.
Observo
com preocupação tais ações implicativas concentradas na pessoa do
ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva que teve seus bens
bloqueados pelo juiz Sérgio Moro, que ainda não satisfeito,
bloqueia até um plano de aposentadoria privada de Lula e isso pode
até não ser, mas parece seletividade e aspirações em cancelar
devagarinho a postulante candidatura de Lula em 2018 para a
presidência do Brasil.
Crédito Foto: Internet_Arte: Airton dos M@res
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