quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Lobos em Pele de Cordeiro


Ando, meio que absorto, diante dos últimos acontecimentos políticos no cenário nacional, mas colocando uma pequena pausa para falar sobre o caráter incongruente existente na cabeça de alguns políticos, que se autointitulam defensores da Ética na política e se espalham meio mundo, distorcendo o conceito de ética para fortalecerem-se na santa ingenuidade de uma parcela significativa da sociedade que ocupa a ala do senso comum, exército de reserva da elite dominante brasileira, que sempre defendeu estar no comando das ações governamentais do país.

Continua na república brasileira a falaciosa intencionalidade de interromper um processo governamental apenas para demarcar posição e ganhar mais espaços na grande mídia que, em algumas situações, toma partido de cores não favoráveis às causas sociais.

Pessoas de bom senso e sem interesses partidários de longe percebem que quando o “comandante” anda fora da “linha” estabelecida pela propalada ética capital, que tais falaciosos frequentemente sofismam, tentando reverter uma realidade, não tem nenhuma condição moral de comandar o processo de “Impeachment” da Presidente Dilma Rousseff, mesmo assim investem maciçamente na ideia para desestruturar o meio de campo governamental, que por conta de más companhias, paga um alto preço por comandar a nação esperançosa que muito se apega as esperanças apenas sem procurar superar as barreiras do senso comum num processo de acomodação gritante que quase sempre leva a elite dominante ao poder capital.

Tudo, ou quase tudo se deturpa nas mentes e mídias que não aceitam o contraditório como articulação permanente de uma boa política. E assim, seguimos na “Fé cega, faca amolada” tentando compreender o que leva uma certa parcela de políticos, mesmo aqueles que não podemos caracterizá-los na sua totalidade de conservadores, fazerem uso de campanhas fora de hora para medir potencialidade eleitoral e captar mais votos possíveis numa futura disputa municipal de 2016.

Se temos que impedir o curso da história determinado nas urnas, teremos que agir com a mais valiosa ética na sua total etimologia e sair para o sacrifício das alterações no tabuleiro da política nacional, derrotando as velhas práticas coronelistas que combatem os avanços sociais e mexem com toda a estrutura que rege a nossa “república” sem maquilagem de cores multipartidárias, enfrentando um saturado processo eleitoral do “toma lá dá cá”, investindo em Educação como prioridade de libertação das trevas do conhecimento, possibilitando uma revolução no pensar como categoria universal do homem, o animal político, que a partir daí irá ocupar sua função na sociedade e não apenas delegar inconscientemente poderes a quem não faz bom uso das obrigações republicanas do gerir a política brasileira.

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