O
pensar, que deveria ser ensinado nas escolas públicas, desde o
ensino fundamental I para promover o desenvolvimento humano e
fortalecer as potencialidades reflexivas dialéticas nas relações
cotidianas, exceto à raríssimas exceções, está limitado apenas
ao ensino médio quando já se cristalizou parte dos conceitos
apriori sem criticidade no agir social.
Assim,
como no Estado Islâmico que retira da grade educacional as
disciplinas de Filosofia e Química, por não estar dentro dos
conceitos e nem se “adaptarem às leis de Deus”, parece-me que
dentro do senso comum, que habita significativa base da sociedade
brasileira, a Filosofia também é vista como subversiva porque
imprime aos seres pensantes o questionar frequente nas relações
dialógicas do cotidiano.
Quando
entrei na Universidade, para cursar Filosofia, muitos me desanimaram
com retórica do capital e alguns até ignoraram meu contentamento de
sentir-me Universitário. Isso aconteceu nos idos anos de 1988,
quando ainda estava presente no agir social alguns resquícios
militarizados e a difícil arte de adaptar-se à nova ordem social.
Porém,
depois de anos luz de estrada, percebo que o pensar muito pouco
evoluiu nas voláteis mentes mecanizadas e oprimidas pelo capital que
buscam incessantemente a praticidade eficiente no fazer da “santa e
cega obediência” sem a percepção necessária das habilidades
transformadoras nas hierarquias sociais determinantes de tal
estagnação.
Eram tempos em que o imperativo tecnicista vigorava como resquício das ilusões alimentadas pelo Milagre Econômico.
ResponderExcluirO novo é concebido em momento por vezes não percebido e diferentemente do ciclo biológico animal, sua gestação obedece a intervalos irregulares, O rebento vem à luz em momento inesperado e, portanto, imprevisível. Parido,ilumina as ideias e os sentimentos em seu redor. Em tempos obscuros pode acontecer natimorto ou ceifado pelos Herodes que dominam em reinados de medo e desesperança.