Diante
das injustiças sociais, presentes no hierárquico cotidiano do vil
metal, onde os acontecimentos “políticos” desfilam nos tapetes
vermelhos da velha mídia, faz-se necessário uma reflexão sobre as
condições reais da maioria daqueles que estão a reboque dos
poderes gerenciais. Poderes falíveis numa análise crítica da
realidade, todavia representa a Infalibilidade transcendente que
permeia o imaginário coletivo, desnudado dos direitos fundamentais
de uma república.
Enquanto
agonizamos socialmente, pela falta de saúde pública de qualidade
social, em filas intermináveis, lotamos os corredores e ocupamos as
macas hospitalares. Perdemos o direito de sair de casa pela imensa
insegurança patrocinada pela inoperância gerencial. E sem os reais
investimentos na Educação pública de Qualidade Social, produzimos
socialmente apenas os interesses e as determinações particulares
nas exceções falíveis do coletivo social.
Como
senso crítico, não posso sentar “no trono de um apartamento com a
boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar”. Pois
onde quase tudo acontece a priore, faz-se necessário uma reflexão
sobre os abusos das arrogâncias gerenciais. Não pretendo a
amplitude desmantelada, mas deter–me apenas a um fato particular
promovido pelo governador cearense, Cid Ferreira Gomes, que pensando
num desfile triunfante perante os visitantes internacionais, contrata
por uma quantia astronômica um “bufet” com cardápio exótico,
para saciar a degustação daqueles que usufrui do poder capital.
Como
pessoa humana, não posso deixar de me indignar diante da situação
periclitante que passa a população cearense em mais uma intempérie
da natureza, que quase não teve a interferência gerencial. A seca
constante que castiga a boa fé e as esperanças da grande maioria da
população que padece a falta das ações imediatas por conta do
Estado, que deveria ser Republicano. Paliativos acontecem como formas
permanentes da manutenção poderosa da piedade e o respeito ao
transcendente. Seguem como representantes do atraso, os carcomidos
“carros pipas”, distribuindo “bosta shake" contaminando a
saúde pública, agora chegando à região metropolitana da Capital.
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