Quando o especto da
miséria rondar o meu ser, retratando em mim a deficiência orgânica,
tirando-me totalmente a saúde e não permitindo mais produzir, é
chegada a minha vez. Quando isso acontecer, espero que todos os que
são sabedores deste documento (pensamento meu) o respeitem, agindo
exatamente como ele é expresso. Quando minha vez for chegada
(morte), quero ser cremado e, que minhas cinzas sejam postas sobre a
terra árida para que eu venha transformá-la, surgindo, em seguida,
bons frutos, eternizando assim o meu ser.
A
transformação das cinzas, em frutos, repercutirá num revisionismo
do meu ser, explorando os bons produtos (sementes) e desprezando todo
o inóspito, áspero, numa dialética que permitirá um infinito
movimento (transformação) do meu ser (matéria Airton), havendo
assim uma mobilidade única, porém ampliada das sementes e
melhorando as características dessa matéria indestrutível...
Esse
transformismo orgânico fará da matéria Airton infinita,
inacabável, permitindo assim que eu nunca venha a morrer.
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