Minha
dose de indignação entra numa tremenda depressão. Já não basta a
convenção de que as investigações terminam sempre em "pizza", o
relator
da CPMI
do Cachoeira,
deputado Odair Cunha (PT-MG), admitiu tirar o nome do tal Policarpo,
menino de recado de Carlinhos Cachoeira, mas o PSDB ainda quer mais.
Quer a retirada do nome de Marconi
Perillo, mesmo sabendo de sua "ligação" com a “máfia da
pilantragem”...
Este é um espaço democrático para aqueles que buscam se inteirar sobre Cultura,Filosofia, Política e Sociedade
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Pretensões Ilusória ou Perspectivas Políticas de Eduardo Campos
O
herdeiro de
Miguel
Arraes e, bem
sucedido político Eduardo Campos, ousa voar mais alto em 2014, rumo
ao planalto central. Claro que isso depende de algumas pendências a
ser resolvidas. Primeiro, Eduardo Campos almeja mais espaço no
governo central, o que acho legítimo, e colocaria as pretensões de
Campos em banho-maria sem esquecer a vice na chapa da presidenta
Dilma, que não abandonará no atual contexto seu forte aliado PMDB.
Até porque tal agremiação partidária só pretende lançar nome no
tabuleiro eleitoral em 2018. Por enquanto permanece nas calmas asas
do planalto central. Voltando ao foco inicial das pretensões
governamentais de Eduardo Campos, isso poderá acontecer numa
coligação com o neto de Tancredo, Aécio Neves, mas existem algumas
turbulências partidárias, pois alguns membros do PSB já estão
criticando a postura de Aécio, que “bate” diretamente no PT e,
esta atitude coloca em risco pretensões futuras. Outra turbulência
partidária, seria a família Ferreira Gomes, que deseja estabilizar
voos mediatos e permanecer apoiando a reeleição da presidenta Dilma
Rousseff, sem contar que tais pretensões PSBistas de Eduardo Campos
adiaria a sonhada e ilusória candidatura do ex-governador Ciro Gomes
ao planalto.
Acredito
que diante de tais pretensões imediatas por parte de Campos, não
haverá mais espaço político para os Ferreira Gomes dentro desta
agremiação partidária.
Assim
acontecendo, o novo ninho partidário dos Ferreira Gomes seria uma de
suas sublegendas?
domingo, 25 de novembro de 2012
Manifesto Quase que Eterno
A
transformação das cinzas, em frutos, repercutirá num revisionismo
do meu ser, explorando os bons produtos (sementes) e desprezando todo
o inóspito, áspero, numa dialética que permitirá um infinito
movimento (transformação) do meu ser (matéria Airton), havendo
assim uma mobilidade única, porém ampliada das sementes e
melhorando as características dessa matéria indestrutível...
Esse
transformismo orgânico fará da matéria Airton infinita,
inacabável, permitindo assim que eu nunca venha a morrer.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
O Cooperativismo como Alternativa Capital
Ao
analisar a filosofia hegeliana, Marx elabora um novo e revolucionário
método de investigação com caráter da práxis humana, portanto
sensível constatado na primeira tese sobre Feuerbach, que ignorava
então o caráter de manipulação de um sujeito transcendente para
firmar-se pela teoria da práxis em seu método dialético, onde as
transformações sofridas no meio social nada mais seriam que uma
dinâmica em constante mutação.
Por
muito tempo compreendi a teoria de Marx apenas como de aspecto
político que iria revolucionar a sociedade capitalista e,
transportá-la para a sociedade comunista.
Entretanto
analisando uma alternativa vigente de cooperativismo pude compreender
que Marx tratou do tema em debates realizados nos anos 20 como
movimento político e social, que introduziria a sociedade ao sistema
socialista na União Soviético e no mundo. Seria aqui sua teoria um
instrumento prático.
A
dinâmica luta entre o proletariado e o capitalismo dono dos bens
materiais, provoca nos trabalhadores um desejo de reverter tal
situação, dinamizando as relações sociais e o fortalecimento dos
sindicatos como instrumentos políticos e sociais.
No
“Manifesto Comunista”, Marx relata a possibilidade de um
movimento sindical forte e coeso, assim a possibilidade do sufrágio
universal está diretamente relacionado ao movimento sindical em
alguns países europeus. Movimento de luta sempre foi pensado como
alternativa para a democracia.
Os
avanços científicos e tecnológicos impõem à sociedade
capitalista uma nova força produtiva e influencia diretamente as
lides da classe trabalhadora organizadas nos sindicatos: conquista e
manutenção dos direitos sociais dos operários, mesmo sabendo que
parte da produção passaria de produtiva para criativa. Uma
complexidade salarial que poderá conduzir a uma descaracterização
do ser como sujeito da história.
A
sociedade capitalista do pós guerra vivenciou o Estado do Bem Estar
Social, ou seja a propalada “Social-Democracia” imprimindo suas
faces 'democráticas' de sufrágio universal e, a ciência aliada a
produção e ao modo de fazer política, combinando a administração
pública a venda de títulos da dívida pelos gerentes do capital,
equacionando assim os interesses dos capitalistas e as organizações
sindicais, com pequenas alterações no modo de produção e de gerir
a coisa pública.
Com
o fim das redes e a globalização do capital financeiro a economia
torna-se internacionalizada e põe fim ao Estado do Bem Estar Social
e, os sindicatos então nacionalizados tornaram-se fragilizados
diante do processo do capital internacional e, agora buscam apenas a
manutenção das vagas já existentes e os trabalhadores passaram da
categoria de empregados formais e sindicalizados para a crescente
economia informal. Tal situação desnuda as aparências do capital
financeiro e aumenta as hierarquias na sociedade.
Acredito
que a ausência parcial do cooperativismo no tabuleiro político e
econômico mundial esteja ligado diretamente as discussões do
socialismo em contra partida o sindicalismo que 'encarou' o sistema
capitalista com lutas e teorias, tornando-se assim a razão
inversamente proporcional ao crescimento do sistema capitalista
vigente. Entretanto, parece-me incerto a troca de uma realidade de
lutas e conquistas, mesmo conscientes, que não seria tais práticas
que levaria a transformação da sociedade capitalista, pela tão
sonhada revolução socialista. Para Marx as discussões entre
socialismo de mercado e socialismo centralizado e planejado não
possibilitaria a implantação do socialismo real, uma vez que as
questões da classes assalariada estava entranhada na divisão social
do trabalho e precisavam ser superadas, eliminando então as
estruturas do capitalismo, para então vivenciar a sociedade
socialista.
O
cooperativismo pensado por Karl Marx tem início com suas reflexões
críticas ao socialismo utópico, que não trata da “totalidade”
como categoria. Os utópicos deixavam as questões essenciais
políticas para vivenciarem herméticas experiências de autogestão,
desta forma negam as relações da utopia socialista com a vivência
da sociedade. Todavia não devemos esquecer que Marx validou como
importante as práticas de empreendimentos como forma libertária de
um potencial crítico e criativo no seu Manifesto Comunista. Sendo
assim exequível uma prática de cooperativismo como perspectiva
política de confronto direto com o modo capitalista de produção.
O
trabalho associado e cooperado fará desaparecer a figura do patrão
e do operário, pois todos participam diretamente do crescimento
econômico e o resultado é dividido no coletivo. Contudo, ainda
tenho dificuldades em perceber se o cooperativismo em sua teoria
seria eficiente a ponto de eliminar as explorações entre a classe
trabalhadora e capaz de fazer a ponte para a sociedade socialista.
Entretanto,
vivenciar uma experiência alternativa, onde a figura do patrão
torna-se dispensada, negando a relação capital trabalho e,
afirmando a autogestão como autonomia do trabalhador no seu modo de
produzir, pode transparecer uma relação de transgressão do status
das forças produtivas, capital e a lide do trabalhador. Assim no
cooperativismo, temos a complexidade do sistema de produção e
socialização, com direitos iguais na qualificação e distribuição
equitativa a cooperação de cada trabalhador. Pois
cada trabalhador no cooperativismo construiria a consciência total
do processo coletivo e, isso acabaria com a dicotomia entre o
trabalho e a direção, uma vez que caberia a cada trabalhador a
função de gerir a cooperativa. Desta forma o cooperativismo
eliminaria de vez o despotismo entre a divisão social do trabalho
interno, derrotando assim, uma das características que fundamentam o
sistema capitalismo, a propriedade individual privada, todavia
permaneceriam as disputas entre as empresas cooperadas, fortalecendo
anarquicamente a divisão social do trabalho e a manutenção da
figura fantasmagórica do patrão capitalista, pois o cooperativismo
não avançou além de sua ação econômica e, negligenciou seu
caráter político, dai a permanência da anarquia e a divisão
social do trabalho.
Todavia,
as ambições políticas do cooperativismo foram bem maiores que as
dos sindicatos, uma vez que os sindicatos apenas pressionavam os
governantes em busca de melhorias de qualidade de vida da classe
trabalhadora, portanto sem nenhuma superação histórica do sistema
capitalista. Já o cooperativismo se apresenta como um movimento de
totalidade, sem a necessidade de reivindicações junto ao Estado
capitalista burguês e sem as precipitações momentâneas de um
operário gerenciar o capital burguês internacional. Para Marx, o
cooperativismo teria um amplo significado, não apenas no aspecto
político, mas sobretudo na junção da teoria e a prática,
superando a tal anarquia da divisão social do trabalho.
Compreendo
aqui que Marx defendia a cooperação das cooperativas entre si num
campo político muito bem definido derrubando as redes e que
atingisse a globalização ou a transnacionalidade, tornando-se
sólidas num aspecto legal, negando assim a anarquia da divisão
social do trabalho e qualificando o cooperativismo como meio condutor
da superação do modo de produção capitalista.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Resposta ao Artigo do Pondé - Guarani Kaiowá de boutique
Não
consigo entender como um filósofo do gabarito de Luiz Felipe Pondé
tenha ações preconceituosas tipo, não gostar de muitas pessoas
viajando de avião, ignorando a capacidade do crescimento econômico
e a distribuição de renda e, agora taxa pessoas que de alguma forma
mostram sua sensibilidade social em apoiamento aos indígenas,
chamando-nos de tolos, indigentes mentais.
Posso
até ter carência afetiva, como ele menciona em seu artigo na “Folha
de S. Paulo”- Guarani Kaiowá de boutique, todavia jamais serei o
que tal senhor afirma: “adultos condenados a infância moral
seguramente viram pessoas de mau-caráter com o tempo”.
Vejo
porém, com preocupação, as aparições midiáticas de algumas
pessoas que se julgam deuses, no “show” fantasmagórico do poder
emitir palavras eloquentes, todavia sem sensibilidade social.
Posso
até aderir modismos capitalistas da efemeridade representante do vil
metal, pois a grana “ergue e destrói coisas belas”, assim fala o
poeta, mas sem perder a sensibilidade social e o respeito pelas ações
individuais ou coletivas.
Filosoficamente,
“Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas
defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo”, parafraseando o
mestre Voltaire, sem delírios e elucubrações intelectuais...
Reich e a Função do Orgasmo
Para
Reich, o orgasmo sexual pleno, funciona como uma descarga emocional
que provoca um pleno contentamento e relaxamento no organismo
humano, desbloqueando as neuroses numa produção harmoniosa da
afetividade. Esta experiência orgasmática do organismo provoca nas
leves mentes uma compreensão de tais funções como essencialidade
da satisfação, psíquica e biológica.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
A Santa Ingenuidade Obscurece a Realidade
A
prática das experiências que tem como ponto de partida a
ingenuidade cheia de esperanças e, sem nenhum interesse em chegar ao
espanto, pois com tal atitude, descobriria o bom senso, que já é
meio caminho para o conhecimento, entretanto, assiste bestializado os
movimentos sociais sem com eles se importar, uma vez que prefere
delegar poderes e depois sofrer numa “santa revolta” vendo seus
representantes destruindo expectativas de ingenuidade.
O
senso comum não acredita que a falta de saúde pública, de
saneamento básico, de escola de qualidade social e isonômica seja
culpa direta dos governantes, pois acredita na politicagem por eles
aplicadas através das mídias falaciosas com intuito de imprimir nas
tábuas rasas a hierarquia do respeito capitalista do ter em
detrimento das esperanças divinas do fazer. Tais circunstâncias se
fazem necessárias diante do espanto para mexer com a sensibilidade
das paixões acomodadas, nas mentes mutiladas pela força dominante,
seja de esquerda ou de direita, mas que impedem sempre a realidade
social e produz no senso comum a dominante moral do capital.
As
contradições da vida cotidiana, são justificativas para acomodar
as hierarquias no tabuleiro social e, reforçar os motivos das
desigualdades no mundo capitalista. Sem preocupações com a
política, o senso comum busca a razão dos seus fracassos na falta
de fé na divindade, e demonstra confiança num amanhã próspero de
riqueza nas loterias da vida, mesmo que obscuras na fé humana, segue
todo esperançoso em direção ao ter.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Violência Social x Fragilidade Governamental
O
grave movimento de violência vivenciado em Sampa nos últimos dias é
algo que preocupa não apenas a sociedade paulistana, mas todos os
brasileiros que temem o modismo se alastrando diante da fragilidade
governamental vigente.
Se
somos mal por natureza, assim como afirma Thomas
Hobbes
e, que nosso egoísmo não permite a sociabilidade humana, então
torna-se necessário o leviatã institucionalizado para comandar
nossos instintos. Entretanto, os gerentes do capital parece não ter
habilidade quando se trata da realidade social patrocinada quase
sempre por omissão de apoiamento a projetos sociais que permitam o
crescimento intelectual das pessoas, uma vez que muitos além de não
apenas se utilizarem de falácias educacionais, ignoram sempre a
capacidade do crescimento crítico social, afirmando de forma
descarada e descompromissada com a evolução humana. Vejamos o que
mostra o enfrentamento brutal e a fragilidade clara do governo
paulista diante da violência social, todavia, tal fragilidade real,
torna-se aparente diante das reivindicações e anseios da classe
trabalhadora, pois o aparato da violência governamental se apresenta
imediatamente como mantenedor necessário da ordem gerencial.
Segundo
Rousseau, o homem nasce bom, mas o convívio social, a vida
cosmopolítica, as instituições sociais sufocam a bondade e,
manipulam a mente humana, portanto, o meio em que estamos
inseridos facilmente poderá nos corromper. Diante disto me ponho a
pensar, será que já estamos todos nós humanos, corrompidos? Pois
habilmente nos acomodamos com os argumentos palacianos das
dificuldades gerenciais. Coisas que não compreendo dos falsos
políticos que sempre se mostram habilitados na mais profunda
competência em resolver os problemas sociais, mas sempre falham, as
vezes por incompetência de mostrar as faces reais do capitalismo,
outras por covardia social.
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