Celebrar 80 anos de vida, com luta, predestinação, determinação, perseverança, obstinação e abdicação, não é tarefa fácil, mas o senhor consegue a cada dia iniciar um novo amanhecer.. Assim se passaram os anos e você nem se apercebeu da caminhada que cotidianamente se fortalecia na ajuda aos outros, à comunidade e aos filhos. Caminhada esta que teve início quando ainda era muito jovem, quase adolescente, já na labuta pela sobrevivência. Sua caminhada foi intensa e incansável, como sapateiro iniciante e de trabalhos eternos. Já no comércio, das caravanas dos festejos religiosos, para então o pleno estabelecimento e a fixação do espaço físico como consolo de poder olhar o crescimento dos filhos, que foram tantos.
80 anos de predeterminação na
construção de uma vida voltada para a satisfação e contentamento no realizar
diário das atividades, atividades estas que estavam focadas na ajuda e busca de
uma amanhã melhor. Sua determinação é tamanha que não permite o descansar
enquanto não chegar ao final da lide, todavia sempre esperançoso na melhoria,
buscando o aprimoramento dos atos a cada instante para no final do dia e início
da madrugada poder descansar tranquilo, porém já se preparando para o novo
amanhecer, com vitalidade, ética e obstinação. Sua obstinação é tanta que por
muitas vezes você esqueceu de viver para cuidar da vida dos filhos, na intenção
de uma colocação social, pois somente assim teria o retorno mediato da luta
cotidiana, que para isso tornou-se abdicação do seu ser na construção dos
outros que compõem direta e indiretamente sua família.
Hoje é o grande dia de dizer
obrigado meu Deus por ter me colocado ao lado desta pessoa maravilhosa e
agradecer ainda pelas divergências constantes, todavia pautada na admiração,
respeito e carinho.
Papai, não tenho a pretensão de
dizer que o senhor é o melhor pai do mundo, até porque não teria nenhum parâmetro para tal, entretanto, posso
afirmar categoricamente, que o senhor é o melhor pai que Deus poderia dar a
alguém no mundo.
Feliz tudo no seus oitenta anos
senhor Antônio Anastácio do Amaral, meu pai
Nenhum comentário:
Postar um comentário