A União
Europeia está forçando a Grécia a tomar medidas bastante
impopulares como reduzir gastos com aposentadorias, diminuir o valor
do atual salário mínimo e tornar-se uma economia mais competitiva,
flexibilizando leis trabalhistas e diminuindo o número de
funcionários públicos e aumentando a idade das aposentadorias e os
impostos.
Tais medidas
“antipáticas e bárbaras”, chamada pela UE de austeridade
fiscal, já tinham sido adotadas pelo governo grego e o povo foi às
ruas para falar de sua indignação diante de uma crise europeia e
uma cobrança brutal com queda no estilo de vida adotado pelo povo
grego. Antes os criadores da democracia, agora são obrigados a ficar
no grupo da União Europeia e pagar uma conta altíssima pela
permanência forçada. Caso a Grécia resolvesse se afastar do grupo
seu povo tinha uma dívida bem mais suave, entretanto a UE não
permite sua saída, pois isto provocaria uma despencada em cascata
deste grupo que tem como moeda comum o euro.
Antes mesmo de
entrar na zona do euro a Grécia já gastava mais que sua
arrecadação, que só aumentou com a entrada no grupo do euro, onde
os salários dos funcionários praticamente dobraram e a evasão
continuava amplamente praticada. Isso tornava sua economia estagnada
e sem condições de sair de uma crise econômica global estourada em
2008.
A Grécia não
pode reduzir sua moeda e deixar suas exportações mais
competitíveis, uma vez que está na zona do euro e, com isso podendo
entrar numa “braba” recessão o que inviabilizaria o aumento de
impostos. Se quer pode declarar uma moratória, pois se assim agir
teria como seguidor Portugal e Irlanda, o que não seria interessante
para a UE. O que aumentaria as chances da Espanha com sua economia
equivalente a dos três países mencionados juntos, enveredar pelo
mesmo caminho, o que seria o verdadeiro fracasso do grupo, da
Alemanha de Angela
Dorothea Merkel.
Tal imposição de austeridades na UE já valeu a cabeça de Nicolas
Sarkozy
na França e do socialista François
Hollande.