terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A Visão Racional da História Universal

Hegel compreende o processo histórico como a manifestação da ideia absoluta da providência divina que dirige as ações individuais dos homens para um fim e desconhecidos por eles.

A razão rege o mundo e também a história universal. É portanto, preciso utilizá-la para compreender os fatos históricos. A primeira categoria que surge no devir histórico é a de variação que significa o surgimento, desenvolvimento e desaparecimento dos indivíduos, das culturas e do Estado; a segunda categoria é a do rejuvenescimento do espírito, não um simples retorno a mesma figura, mas uma purificação de si mesmo. A terceira e última categoria é a da razão suficiente, que existe na consciência, como fé em que a razão rege o mundo.

No projeto histórico de Hegel, é fundamental o conhecimento de Deus que se manifesta na revelação cristã. Para Hegel é possível conhecer a Deus e por causa disso é obrigatório procurar conhecê-lo. Nosso pensamento racional deve convergir para o conhecimento do plano racional do desenvolvimento dos fatos históricos.

Deus não quer cabeças vazias e, sim, deseja que seus filhos o conheçam. Sendo a história o desenvolvimento da natureza divina em um elemento particular e determinado, não pode satisfazer nenhum saber nela própria a não ser um conhecimento determinado.

O ponto de vista da história universal filosófica não é um ponto de vista obtido por abstração de outros pontos de vista gerais e prescindindo dos demais. Seu princípio espiritual é a totalidade dos pontos vista. Considera o princípio concreto e espiritual dos povos e sua história e não se ocupa das situações particulares, senão de um pensamento universal, que se prolonga pelo conjunto.

A multiplicidade das particularidades deve compreender-se aqui como um unidade. A história tem diante de si o que há de mais concreto dos objetos, o que resume em si todos os aspectos distintos da existência. Seu indivíduo é o espírito universal. A filosofia, pois ao ocupar-se da história, toma por objeto o que o objeto concreto é, em sua figura concreta e, considera sua evolução necessária.

Portanto, não se pode considerar o universal, que a história universal tem por objeto, como uma parte, por importante que seja, junto a qual existência outras partes; sendo que o universal é o infinitamente concreto, que compreende todas as coisas, que está presente em todas as partes (porque o espirito está eternamente dentro de si mesmo), para o qual não há passado e que permanece sempre o mesmo em sua força e poder.

Hegel faz uma Teodiceia, na qual justifica a presença de Deus na História


Bibliografia: HEGEL: “Concepção de História em Hegel” - “Lições sobre a Filosofia da História Universal” - Introdução Geral – Parte I

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