A concepção de Historia em Hegel é o espírito absoluto. Onde este espírito absoluto “é o reconhecimento mútuo”.
O absoluto que a consciência busca não é algo além e impossível à consciência; a substância espiritual ou a “cultura”, está todo contido no Eu. Desta maneira, o espírito absoluto não pode ser apreendido pela experiência sensível, mas, somente, na e pela experiência da razão e, portanto, do desejo.
O espírito absoluto seria assim, o fim do processo especulativo que é a culminância do processo dialético em Hegel: o Real torna-se-ia Racional. A experiência, deste modo, para Hegel, é elevada ao nível da razão.
A realidade (em si) é, portanto, o verdadeiro, não é “substância”, mas, sim: “sujeito”, “pensamento”,”espírito”. Isto é: a realidade, é “processo” é “movimento”. Deste modo, para Hegel, o espírito se auto-constitui na constituição ao mesmo tempo da sua própria determinação, separando-a, completamente. O espírito, portanto, é infinito, sempre ativo, realizando-se no infinito.
Dessa maneira, o espírito infinito, na concepção hegeliana, é como um círculo, no qual princípio e fim, de forma idêntica, se coincidem, isto é, como um movimento em espiral no qual o particular é dinamicamente colocado no universal o ser é sintetizado no dever-ser e o Real é resumido no Racional.
Seria ótimo se todo texto sobre Hegel fosse didático como o seu.
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