quinta-feira, 14 de julho de 2016

O Pragmatismo Afasta as Ideologias da Política


Tudo começou com um grave deslize acontecido em 2005, na Câmara Federal, quando o Partido dos Trabalhadores poderia ter elegido facilmente para a Presidência da Casa um de seus Representastes. Saiu divido entre os Deputados petistas Luiz Eduardo Greenhalgh e Virgílio Guimarães, o mineiro, que lançou-se candidato avulso e ficou na terceira posição e, não mais que de repente, o representante do “baixo clero”, sim, ironicamente o deputado pernambucano do PP, Severino Cavalcante que teve apenas 7 votos a mais que Virgílio disputou e ganhou a eleição de segundo turno daquela casa legislativa.

Dez anos se passaram e o Partido dos Trabalhadores, já cambaleante diante de algumas velhas raposas do cenário político nacional, tenta em nome de uma tal governabilidade, mas perde o comando da Câmara Maior com o Deputado paulista, Arlindo Chinaglia, para o peemedebista e “possível aliado” Eduardo Cunha.

Mais uma vez, depois de dez anos, um mineiro foi determinante para a derrota petista, desta vez, o Deputado Júlio Delgado do PSB, ex aliado do Governo Dilma Rousseff. Pareceu “birra” dos petistas em não apoiarem o deputado PSBista e arcaram com uma fragorosa derrota, além de fortalecer Eduardo Cunha, já não tão possível aliado, e que por conta de alguns entraves do comando governista, torna-se uma pedra no caminho do Governo Central, fragilizado e atingido direto com a crise econômica mundial. Já não é preciso falar mais nada sobre o que aconteceu desta “relação” não tão amistosa.

Implicado com denúncias, réu declarado e afastado de suas funções da presidência da Câmara Federal pelo STF, o Deputado Eduardo Cunha (PMDB – RJ) renuncia ao seu mandato e tenta com múltiplas manobras escapar de uma possível cassação pelos seus pares no plenário da casa.

De repente, outra eleição, desta vez para um mandato dito tampão complementar do biênio 2015 – 2016 e mais uma vez a direita fortalecida sai vencedora e coloca as ideologias distantes das disputas políticas e republicanas em nome de um cego pragmatismo.

Outra vez o velho e surrado ditado de que a esquerda só se une na cadeia vem à tona. O PT com 55 Deputados não indicou nenhum nome e declarava bravamente que não votaria em quem apoiou o “golpe” do impedimento da afastada Presidente Dilma Rousseff, mas terminou por fortalecer a candidatura “vitoriosa” do Deputado Rodrigo Maia (DEM – RJ), antigo e ferrenho Inimigo político.

Vejo isso como um grande erro das ditas “esquerdas”, que mais uma vez saiu dividida e derrotada. A Deputada Luíza Erundina (PSOL – SP) seria de cara a representante deste bloco de boa representação na casa, que somaria uns 93 votos e com um pequeno esforço, estaria no segundo turno, onde o Deputado do centrão, Rogério Rosso (PSD – DF) atingiu apenas 106 votos e Rodrigo Maia liderou com 120 votos.

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