Segundo o professor Fábio Paiva, ”as cidades, egressas do século XX, são símbolos da profunda contradição humana ao não conseguir aliar o desenvolvimento econômico e tecnológico ao estado de bem–estar mínimo para todos os cidadãos”. A elite econômica se deleita de todas as benesses que a sociedade capitalista o propicia, já os pobres sofrem com a falta de capacidade dos gerentes (governos) do capital, que não pensam em “bem–estar do proletariado.
Paiva busca em Weber uma definição de cidade que podia ser definida de vários modos, mas trazendo em si um elemento comum: ”que se trata, em todo caso, de um assentamento fechado, um povoado, e não de uma ou várias moradias isoladas”.(p.408) Tendo em vista que o cidadão urbano atual é assalariado, todavia, antigamente era um agricultor pleno e mantinha seu lote de terra.
As mudanças rápidas ocorridas com a Revolução Industrial transformaram a pacata vida tranqüila em intensa e nervosa, onde os homens traduzem suas simpatias e antipatias em sociabilidade. Esse espaço cosmopolítico intensifica as lutas pela sobrevivência, tornando assim o outro seu “ferrenho inimigo”.
As sociabilidades das novas cidades são determinadas pelas condições materiais. Isso caracteriza bem o individualismo presente na sociedade capitalista.
Essas cidades tornaram–se metrópoles, como é o caso da nossa Fortaleza, que está num processo de conurbação urbana com sua região metropolitana. Já não vemos mais pessoas sentadas nas calçadas e as praças desumanizadas tornaram-se apenas um “logradouro público” onde as pessoas tentam a sua sobrevivência através de vendas (bancas de revistas, carrinho de sanduíches etc) fazendo de Fortaleza um aglomerado de pessoas, uma vez que os governantes não conseguem manter as pessoas no campo, inchando a cidade e com isso se acumulando os problemas que com as desigualdades sociais ficam de uma vez por todas impedidos de serem solucionados. Todavia, essa desigualdade faz desenvolver na periferia – que a priori já é discriminada – só por ser periferia, um sentimento de rivalidade. Sem saúde, sem educação de qualidade, sem moradia digna, sem perspectivas de vida, seus moradores tornam–se presa fácil dos “espertalhões” que os induzem muitas vezes ao crime, ao tráfico de drogas e, a prostituição com promessas de vida melhor. Embrutecido esse ser parte para atacar seus semelhantes.
Assim como a professora Rosemary Almeida, eu também tive um de meus domingos que poderia ser um dia de descanso, e que Descanso?! No entanto foi invadido por uma dessas pessoas egoístas que desconhecendo que “o espaço público é justamente o espaço do diálogo”, tornou meu repouso um verdadeiro “dia de terror”. Com um som, digo um barulho ensurdecedor, acabou com o meu direito de ter repouso, a minha paz. Essa pessoa comemorava seu aniversário. Colocou mesas e cadeiras no meio da rua para recepcionar seus convidados. Isso começou por volta das 11h00min e se prolongou por todo o dia. Incomodado e, não podendo se quer ver televisão, pois nada podia se ouvir, as 22h00min fecho minhas portas o que não impedia de ouvir o barulho que a cada minuto se tornava mais e mais antipático. Todavia, o “som”, digo o barulho, continuava. Lá por volta das 23h00min de repente pára. Ouvi em seguida uma voz ao microfone que dizia: – “pode chamar a polícia!” – “Esse pessoal não sabe curtir e, por isso vem interromper minha festa”. Esquecendo que seu direito começa exatamente quando também começa o meu.
Foi a sociedade capitalista que o transformou nesse ser insensível, inconsciente, alienado. Quando não lhe possibilitou condições dignas de vida de um ser humano, e o fez ver o “glamour” da elite capitalista. Tendo ouvido falar em “democracia”, pensa que dessa forma está exercendo sua cidadania, vivenciando assim a essência etimológica desse conceito abstrato.
Finalizando queria aqui corroborar com o “Líder da CUFA” Francisco José Pereira de Lima, o “preto” Zezé, que vê o outro lado desse “ilusório” mundo capitalista e fala de discriminação das periferias, dos favelados. Dizendo que a elite só vê nesse ser a miséria, o perigo. Sente medo. A própria polícia ao ver na favela uma pessoa “bem vestida” com roupa de marca, manda logo encostar na parede dizendo que é ladrão. Preto Zezé vê nessas pessoas da periferia que usam roupa de marca, uma questão de auto estima. Auto estima? O que é isso? Infelizmente sem direitos, esse ser perde também a vontade de acreditar que é o homem que determina a história e, não a história que determina o homem. Como dizia o “velho” Marx: o homem é motor da história.
http://www.virtual.ufc.br/humanas/Data%5CSites%5C1%5CA%20Cidade%20que%20Devora%20FINAL.pdf
Paiva busca em Weber uma definição de cidade que podia ser definida de vários modos, mas trazendo em si um elemento comum: ”que se trata, em todo caso, de um assentamento fechado, um povoado, e não de uma ou várias moradias isoladas”.(p.408) Tendo em vista que o cidadão urbano atual é assalariado, todavia, antigamente era um agricultor pleno e mantinha seu lote de terra.
As mudanças rápidas ocorridas com a Revolução Industrial transformaram a pacata vida tranqüila em intensa e nervosa, onde os homens traduzem suas simpatias e antipatias em sociabilidade. Esse espaço cosmopolítico intensifica as lutas pela sobrevivência, tornando assim o outro seu “ferrenho inimigo”.
As sociabilidades das novas cidades são determinadas pelas condições materiais. Isso caracteriza bem o individualismo presente na sociedade capitalista.
Essas cidades tornaram–se metrópoles, como é o caso da nossa Fortaleza, que está num processo de conurbação urbana com sua região metropolitana. Já não vemos mais pessoas sentadas nas calçadas e as praças desumanizadas tornaram-se apenas um “logradouro público” onde as pessoas tentam a sua sobrevivência através de vendas (bancas de revistas, carrinho de sanduíches etc) fazendo de Fortaleza um aglomerado de pessoas, uma vez que os governantes não conseguem manter as pessoas no campo, inchando a cidade e com isso se acumulando os problemas que com as desigualdades sociais ficam de uma vez por todas impedidos de serem solucionados. Todavia, essa desigualdade faz desenvolver na periferia – que a priori já é discriminada – só por ser periferia, um sentimento de rivalidade. Sem saúde, sem educação de qualidade, sem moradia digna, sem perspectivas de vida, seus moradores tornam–se presa fácil dos “espertalhões” que os induzem muitas vezes ao crime, ao tráfico de drogas e, a prostituição com promessas de vida melhor. Embrutecido esse ser parte para atacar seus semelhantes.
Assim como a professora Rosemary Almeida, eu também tive um de meus domingos que poderia ser um dia de descanso, e que Descanso?! No entanto foi invadido por uma dessas pessoas egoístas que desconhecendo que “o espaço público é justamente o espaço do diálogo”, tornou meu repouso um verdadeiro “dia de terror”. Com um som, digo um barulho ensurdecedor, acabou com o meu direito de ter repouso, a minha paz. Essa pessoa comemorava seu aniversário. Colocou mesas e cadeiras no meio da rua para recepcionar seus convidados. Isso começou por volta das 11h00min e se prolongou por todo o dia. Incomodado e, não podendo se quer ver televisão, pois nada podia se ouvir, as 22h00min fecho minhas portas o que não impedia de ouvir o barulho que a cada minuto se tornava mais e mais antipático. Todavia, o “som”, digo o barulho, continuava. Lá por volta das 23h00min de repente pára. Ouvi em seguida uma voz ao microfone que dizia: – “pode chamar a polícia!” – “Esse pessoal não sabe curtir e, por isso vem interromper minha festa”. Esquecendo que seu direito começa exatamente quando também começa o meu.
Foi a sociedade capitalista que o transformou nesse ser insensível, inconsciente, alienado. Quando não lhe possibilitou condições dignas de vida de um ser humano, e o fez ver o “glamour” da elite capitalista. Tendo ouvido falar em “democracia”, pensa que dessa forma está exercendo sua cidadania, vivenciando assim a essência etimológica desse conceito abstrato.
Finalizando queria aqui corroborar com o “Líder da CUFA” Francisco José Pereira de Lima, o “preto” Zezé, que vê o outro lado desse “ilusório” mundo capitalista e fala de discriminação das periferias, dos favelados. Dizendo que a elite só vê nesse ser a miséria, o perigo. Sente medo. A própria polícia ao ver na favela uma pessoa “bem vestida” com roupa de marca, manda logo encostar na parede dizendo que é ladrão. Preto Zezé vê nessas pessoas da periferia que usam roupa de marca, uma questão de auto estima. Auto estima? O que é isso? Infelizmente sem direitos, esse ser perde também a vontade de acreditar que é o homem que determina a história e, não a história que determina o homem. Como dizia o “velho” Marx: o homem é motor da história.
http://www.virtual.ufc.br/humanas/Data%5CSites%5C1%5CA%20Cidade%20que%20Devora%20FINAL.pdf
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