Pensar,
categoria imprescindível nos dias atuais para a manutenção do
desenvolvimento humano diante da robótica alienante que traduz o
imediatismo instantâneo no meio da liquidez das relações humanas.
Não
há como negar o avanço das tecnologias e a urgente necessidade de
nos apropriarmos de seus mecanismos para sair na dianteira deste
progresso que borbulha nas mentes imaginárias da coletividade
contemporânea. Fala-se que a ‘molecada’ já nasce conectada
clicando e navegando nas ondas da internet, todavia, uma parcela
significativa ainda se apropria dos livros em busca do conhecimento
onde não haja diretamente a inércia do pensar como desenvolvimento
da cultura e sociabilidade humana.
Vivo
um incomensurável conflito dentro de mim, buscando alternativas para
compreender a realidade destituída de emoções transmitidas pelas
ondas da comunicação dos interesses de uma esfera dominante que
fará de tudo para aprimorar sua lide alienante e perpetuação na
dominação capital se dizendo destituída de ideologia, como se isso
fosse possível no convívio social, e a massa que cambaleia na busca
do bom senso
gramsciano,
pedala, tecla e parece não ultrapassar o senso comum defendendo com
‘unhas e dentes’ a ideia dominante sem compreender a força
giratória liquidificadora que dificulta o pensar por si na
individualidade coletiva.
Entretanto,
a falta da compreensão do real é proposital na coletividade para a
manutenção capital da dominação que diz conduzir o progresso na
exploração de geração do trabalho que além de não garantir a
seguridade da
classe produtora e geradora do capital, funciona como um favor na
desesperança daqueles a quem foram subtraídos os diretos naturais
na perspectiva liberal de John
Locke.
Tal
comodidade gera ainda mais a riqueza da exploração que anestesia a
carne sangrando daquele que, se quer, percebe seu sangramento e se
fortalece no ‘leviatã’ Hobbesiano de que as estruturas podem nem
ser as melhores, entretanto, são essas que permeiam as relações
das conveniências indesejáveis para a manutenção da cultura que
não seja a história dos vencedores propagadas em instâncias
positivistas num anacronismo histórico onde as transcendências
ajudam o senso comum a permanecer na sua letargia coletiva sem
alternativas do ‘pensar subversivo’, submergir no caos,
destroçando a dominação capital com uma educação libertadora
onde o aprender a pensar seja ‘fácil, extremamente fácil’ como
os “games” da garotada robotizada na construção da sociedade de
novo tipo, onde o pensar seja a premissa fundamental da lógica na
elaboração do seu silogismo.