sexta-feira, 21 de junho de 2019

Sem Pensar não Haverá Saída na Dominação Capital


Pensar, categoria imprescindível nos dias atuais para a manutenção do desenvolvimento humano diante da robótica alienante que traduz o imediatismo instantâneo no meio da liquidez das relações humanas.

Não há como negar o avanço das tecnologias e a urgente necessidade de nos apropriarmos de seus mecanismos para sair na dianteira deste progresso que borbulha nas mentes imaginárias da coletividade contemporânea. Fala-se que a ‘molecada’ já nasce conectada clicando e navegando nas ondas da internet, todavia, uma parcela significativa ainda se apropria dos livros em busca do conhecimento onde não haja diretamente a inércia do pensar como desenvolvimento da cultura e sociabilidade humana.

Vivo um incomensurável conflito dentro de mim, buscando alternativas para compreender a realidade destituída de emoções transmitidas pelas ondas da comunicação dos interesses de uma esfera dominante que fará de tudo para aprimorar sua lide alienante e perpetuação na dominação capital se dizendo destituída de ideologia, como se isso fosse possível no convívio social, e a massa que cambaleia na busca do bom senso gramsciano, pedala, tecla e parece não ultrapassar o senso comum defendendo com ‘unhas e dentes’ a ideia dominante sem compreender a força giratória liquidificadora que dificulta o pensar por si na individualidade coletiva.

Entretanto, a falta da compreensão do real é proposital na coletividade para a manutenção capital da dominação que diz conduzir o progresso na exploração de geração do trabalho que além de não garantir a seguridade da classe produtora e geradora do capital, funciona como um favor na desesperança daqueles a quem foram subtraídos os diretos naturais na perspectiva liberal de John Locke.

Tal comodidade gera ainda mais a riqueza da exploração que anestesia a carne sangrando daquele que, se quer, percebe seu sangramento e se fortalece no ‘leviatã’ Hobbesiano de que as estruturas podem nem ser as melhores, entretanto, são essas que permeiam as relações das conveniências indesejáveis para a manutenção da cultura que não seja a história dos vencedores propagadas em instâncias positivistas num anacronismo histórico onde as transcendências ajudam o senso comum a permanecer na sua letargia coletiva sem alternativas do ‘pensar subversivo’, submergir no caos, destroçando a dominação capital com uma educação libertadora onde o aprender a pensar seja ‘fácil, extremamente fácil’ como os “games” da garotada robotizada na construção da sociedade de novo tipo, onde o pensar seja a premissa fundamental da lógica na elaboração do seu silogismo.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Professor por um Triz?


Apesar de contribuir com a formação de todas as demais categorias, os professores depois de muitas lutas lograram algumas conquistas com o Piso Nacional dos Profissionais da Educação, contudo, as lutas e direitos estão sendo ameaçados com a chegada do atual ocupante do Planalto Central.

Como desenvolver um país Brasil quando não existem investimentos macicos em educação pública e de qualidade social? Os investimentos já tão minguados correm riscos de ampliar ainda mais esta situação de contingenciamento, para não falar em cortes, e assim prejudicar as futuras gerações que almejam dias melhores no país das grandes desigualdades.

É verdade que a situação em sala de aula não anda favorável aos fabricantes de sonhos e construtores do saber, todavia, a esperança do verbo esperançar alimenta cotidianamente estes sonhadores de um mundo melhor em que a população menos favorecida padece da assistência das políticas públicas e praticamente, órfã do Estado, possa viver com dignidade, mesmo sabendo que essa almejada realidade viva distante das vivências cotidianas nas periferias das cidades neste lindo e maravilhoso país.

Os ataques à essa categoria do desenvolvimento intelectual e social tem sido frequentes e não bastasse tal situação o poder capital que “nenhum” ou quase nenhum compromisso com o desenvolvimento das pessoas, buscam apenas uma qualificada mão de obra para manter seus privilégios de mandatários do poder capital.

Tal instabilidade vem ocupando fortes espaços na lide dos professores com ameaça da Reforma da Previdência, onde os mesmos perderão direitos constitucionais para satisfazer o mercado capital numa linguagem falaciosa de que são donos de valiosos privilégios, que bobagem!

As lutas foram constantes e com a Lei do Piso Salarial veio a conquista de um terço para planejamento e formação e isso tem ajudado e muito a saúde dos professores e o direto de outros tantos professores exerceram sua profissionalidade no mercado de trabalho. Porém essas conquistas estão correndo sérios riscos de chegar ao fim e no dia 12 de junho o STF decidirá sobre a validação constitucional do tempo para formação e planejamento, um terço, dos professores.

Minha torcida é que o bom senso seja prevalecido entre os magistrados e que além de manter a saúde dos professores evitará demissões de outros tantos que contribuem com o desenvolvimento educacional do Brasil.