Que
situação vivem os trabalhadores brasileiros neste contexto mundial
do conservadorismo reacionário que, obedecendo o pêndulo do capital
internacional, determina mudanças com vantagens para o
fortalecimento dos detentores dos bens materiais e muito
prejudiciais para quem produz a fortaleza de tal capital.
Não
faz muito tempo, foi propagado intencionalmente que os patrões não
estavam mais aguentando pagar tantos encargos trabalhistas para
manter seus funcionários na ativa, e para tentar solucionar “perdas”
patronais e gerar empregos, contribuindo assim com o crescimento do
país, foi flexibilizado as leis trabalhistas onde, silogisticamente,
teria maiores e melhores condições de empregabilidade. Para alguns
trabalhadores explorados no regime de contratos provisórios seria
uma boa forma de no final de cada contrato, arrecadar
um “pouquinho” por ter
sua carteira de trabalho
assinada.
Parece-me
que tal flexibilização das leis trabalhistas não foram suficientes
diante da ganância dos detentores do capital, e a taxa de
desempregados continua em níveis estratosféricos. Certamente o
capital, dito, “promotor do desenvolvimento”, não encontrou
razões suficientes para a frouxidão das leis trabalhistas e agora a
multinacional FORD ameaça fechar as portas e demitir seus
trabalhadores, e aqui não entram questões ideológicas de quem
votou em quem, todavia se faz necessário solidariedade aos
trabalhadores que engrossarão as fileiras da informalidade.
Diante
de tal gravidade não dá para culpabilizar quem por orientações
equivocadas e cansado de ouvir a grande mídia jogar contrário à
corrupção, imaginar que tais falácias seriam possíveis de se
resolver trocando as peças do tabuleiro político governamental,
desconhecendo as raízes formadoras da mais valia que explora e
expropria a força de trabalho de quem produz para sobreviver.