Muitos dos últimos acontecimentos que veem do Planalto Central trazem em si a esperança de que seja revisto posições de intolerância ao impedimento da Presidente Dilma Rousseff e que os senadores passem a agir com o bom senso e que busquem na razão alternativas que ponham em cheque a Jovem Democracia Brasileira. De um lado se critica o que se habituou a chamar de golpe, e isso enfurece alguns políticos que divergem ideologicamente do PT. Do outro lado, estão muitos políticos, que mesmo não encontrando irregularidade no processo das ditas pedaladas, apostam em Temer como alternativa da crise financeira que é internacional.
Dificilmente não passará o afastamento da Presidente Dilma, por até 180 dias. Com o andar da carruagem tudo poderá mudar e quem sabe aconteça o retorno da titular detentora dos 54 milhões de votos. Não é difícil imaginar a relação política dos articuladores pro Temer com aqueles que durante os governos Lula e Dilma estiveram na linha de frente, e portanto, coautores das irregularidades que se investiga na Operação Lava Jato. E por falar em Lava Jato, por onde andam as ações efetivas das sextas-feiras que parecem ter sumido das mídias parciais depois da admissibilidade do processo na Câmara Federal naquele “show de horrores” dominical em que os representantes do Baixo Clero, sem saber o que dizer, ofereceram aos seus familiares o sim por usar o microfone da Câmara pela primeira vez.
A intolerância foi tamanha de alguns que, por desconheceram sua função parlamentar, destilaram seu senso humorístico particular no “Tchau querida” sem analisar o dia seguinte dos acontecimentos. Muitas das ações articuladas para tal representação foi veementemente defendida pela direita, que não aceita direitos da classe trabalhadora e brigam sempre por privilégios dos poderes estabelecidos.
A prisão coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi uma demonstração clara de que não estão de brincadeira com suas pretensões de eliminar do tabuleiro político a sigla que surgiu como representante dos trabalhadores e que ao chegar ao poder gerencial da nação favoreceu muitos dos inimigos da classe trabalhadora. Sabemos que o PT não pode sozinho ser responsabilizado por todas as irregularidades que hoje a mídia cobra do Partido. Se aconteceu um governo dito de coalizão em que o PT “quase nada” tinha poder gerencial na administração que muitos remanescentes das gestões passadas cometeram, mas como bem diz um amigo, o poder da caneta estava com o PT e isso não se pode negar.
Restam poucos dias para o afastamento temporário da titular da Pasta Central, Dilma Roussef, que mesmo sem os “velhos aliados” do fisiologismo está equilibrando a inflação e readquirindo sua popularidade na sociedade que já percebe, as intencionalidades direitistas de manter-se nos privilégios de sempre.
A “ponte para o futuro” defendida pelo vice presidente Michel Temer pretendia ser alternativa de poder, parece-me não estar surtindo efeitos positivos para o bom senso. Se não vejamos, como Temer quer construir o novo se muitos nomes que permeiam nas articulações antecipadas do gerenciar pertenceram aos governos Lula/Dilma?. Existem nomes que desfilam na corrupção da Lava Jato e a redução necessária dos Ministérios, foi adiada para acolher o “baixo clero” que busca se evidenciar.
Partindo do pressuposto de que nada ou quase nada mudará, 180 dias serão demais para se estabelecer o retorno da Presidente Dilma Rousseff ao comando Geral até 2018. Certamente essa será a melhor opção política para os pretendentes de 2018. O estrago foi feito e o PT pagará muito caro no pleito eleitoral deste ano, mas que certamente as ditas oposições não sairão coesas e com um nome fortalecido no tabuleiro eleitoral para 2018.