segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Paga o Meu Precatório na Minha Conta Pública, Senhor Governador

No início dos anos 2000 estive temporariamente em sala de aula, no chão da escola, mostrando o meu melhor na circunstância de professor nas Instituições: Juarez Távora, Hilza Diogo de Oliveira e Liceu Vila Velha e depois de afastamento venho, com alegria, saber que tenho direito a uma pequena fatia do Precatório do FUNDEF.

Que alegria ser contemplado, mesmo com uma pequena fatia do rateio, mas fundamental para a reposição salarial que a cada dia nós perdemos diante da falta da valorização dos Professores e Professoras, contudo, alegria de pobre tem vida curta e depois do quarto lote disponibilizado para os colegas professores e professoras o meu nome ainda não foi contemplado e pelo que entendi ainda não tenho conta numa determinada agência exploradora do capital privado. Compreendo que com a privatização do Banco do Estado do Ceará – BEC o Governo ficou preso com mãos atadas a tal instituição financeira que diz otimizar a vida dos protagonistas da educação.


Como servidor público que sou e atuante no desenvolvimento de crianças e adolescentes na rede pública municipal de Caucaia, vejo com imensa tristeza não poder receber o que é meu de direito pelo fato de não ter conta bancária naquela instituição que se apropriou do BEC. E a prefeitura de Caucaia também arrebanhou seus funcionários para tal exploração bancária esquecendo os bancos públicos e de economia mista e, mesmo assim, preferi continuar na Caixa, uma vez que temos na modernidade a facilidade da portabilidade, e agora o governo do Estado do Ceará esquece que alguns dos professores que prestaram serviços temporariamente, hoje se encontram desvinculados da SEDUC?!


Lamentamos a insensibilidade governamental que vincula o recebimento do precatório a um banco privado e eu que Não tenho e nem desejo conta bancária privada estou sendo “democraticamente” forçado a doar parte da “fortuna” que irei receber à exploração que não tem compromisso social e ainda, diariamente, cobrado por escritório de advocacia sobre o percentual a ele vinculado, segundo o sindicato APEOC.


Senhor governador, Elmano Freitas, libera a minha parte do precatório na minha conta bancária pública. Deve existir no governo alguém capaz de efetuar transferência de uma merecida quantia para outra agência bancária que não esteja vinculada a exploração capital privada.

Crédito Foto: Jornal O Povo


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Enedina, um Mandato na Defesa dos Trabalhadores da Educação de Caucaia.

 

Os trabalhadores de Caucaia ganham uma voz veemente no Parlamento Municipal em sua defesa quando em breve a professora Enedina Soares (Partido dos Trabalhadores – PT) assumir sua vaga no Poder Legislativo Municipal.


Com a saída do Vereador Waibe Tapeba que assumiu vaga no Ministério dos Povos Originários – Secretário de Saúde Indígena do Governo Lula (SESAI) – a professora Enedina Soares, que há muito milita na educação de Caucaia, assumirá no início de março uma cadeira no Parlamento Municipal e certamente será uma voz na defesa dos Trabalhadores da Educação municipal.


Enedina que até pouco tempo estava na primeira suplência de Vereadora, agora irá ter um papel fundamental na Câmara Municipal reforçando sua defesa na educação e na classe trabalhadora de Caucaia. Desejamos sucesso nesta nova empreitada e aqui na torcida de que sua voz ecoe positivamente no Parlamento.

 

Crédito Foto: _enedinasoares - Instagram

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Minha Fala no Descerramento_Placa História UAB_Caucaia, 26/11/2022

Inicio minha fala com a seguinte frase do patrono da educação brasileira, Paulo Freire: “A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”. E é com o coração cheio de alegria que vivencio a belezura deste nosso encontro. Mesmo que o tempo tenha se mostrado adverso, estamos por aqui fortalecendo a definição de História segundo Marc Bloc que diz textualmente “A História é a Ciência do homem no seu tempo” e o nosso tempo é pautado nas ações cotidianas de cada um UABista que faz História. A luta não foi fácil, mas valeu a pena.

A nossa História começou quando ainda me encontrava no processo de seleção, mas a partir do Segundo Encontro Presencial foi a vez de assumir, como tutor presencial que tinha que apresentar disciplinas – programas e ementas, inaugurei a disciplina de Educação à Distância e foi desta feita um dos maiores desafios enfrentados. Tentando conhecer cada um na imediatidade do momento, algumas pessoas puderam até pensar, como vamos estudar História na semipresencialidade enfrentando as adversidades educacionais onde cada um dos estudantes precisava colocar a sua autonomia e determinação no tapete vermelho da formação profissional, uma vez que a maioria trabalhava dois expedientes, todavia, é na efervescência da lide que se fortalecem as concepções cognitivas da História como práxis humana na busca da compreensão do ser humano. E nesse contexto interpretamos a envergadura do bambu que se fez ação de cada um de vocês que, hoje se encontra aqui.

Tudo era novidade, alguns não conseguiram acompanhar as inovações da semipresencialidade e desistiram, todavia, os aguerridos estudantes que decidiram fazer a História, hoje celebram a sua grande conquista e iniciam, agora, novos desafios de se fazerem ativos e proativos no fazer da História no chão da Escola.

Em meados de março de 2020 foi decretado o isolamento social com a gravidade vivenciada pela Pandemia do Coronavírus da Covid-19 e acabaram-se os Encontros festivos da aprendizagem no Polo de Apoio Presencial – mais uma “coisa nova” no caminhar da História que por algum tempo tudo parecia incerto, até que foi dado continuidade e, desta feita, de forma Remota aconteceram a continuação das disciplinas, inclusive a disciplina de Estágio Supervisionado I e foi conseguido com brilhantismo e superação dos entraves na perspectiva formativa da cognição histórica desta turma maravilhosa.

A nossa práxis reflexiva irá disseminar saberes pois como disse Peter Burke

"A função do historiador é lembrar a sociedade daquilo que ela quer esquecer" – e você Uabista da História trilhou este desafio cotidianamente nas pesquisas incansáveis que foram desenvolvidas durante a jornada de aprendizagem desta valiosa Licenciatura Plena em História, agora concluída e que nenhum estudante possa esquecer as vivências e convivências na dialética da vida.

Como dizia o poeta, “sonhos, acredite neles”, cada estudante da turma precisa continuar na vida acadêmica uma trajetória de vitórias e conquistas porque sabemos que você foi capaz de passar por todas as turbulências existentes e permaneceu no mais brilhante voo de sua vida.

Meu muito obrigado pela convivência e compartilhamento de saberes que foram e serão fundamentais para minha existência humana.

A viagem continua e o trem está nos trilhos da História, nunca deixe de apostar nos seus sonhos e desejos. Passe na próxima bilheteria e continue sua trajetória de vida até a próxima estação.

 
Crédito Foto: Airton dos Mares