No início dos anos 2000 estive temporariamente em sala de aula, no chão da escola, mostrando o meu melhor na circunstância de professor nas Instituições: Juarez Távora, Hilza Diogo de Oliveira e Liceu Vila Velha e depois de afastamento venho, com alegria, saber que tenho direito a uma pequena fatia do Precatório do FUNDEF.
Que alegria ser contemplado, mesmo com uma pequena fatia do rateio, mas fundamental para a reposição salarial que a cada dia nós perdemos diante da falta da valorização dos Professores e Professoras, contudo, alegria de pobre tem vida curta e depois do quarto lote disponibilizado para os colegas professores e professoras o meu nome ainda não foi contemplado e pelo que entendi ainda não tenho conta numa determinada agência exploradora do capital privado. Compreendo que com a privatização do Banco do Estado do Ceará – BEC o Governo ficou preso com mãos atadas a tal instituição financeira que diz otimizar a vida dos protagonistas da educação.
Como servidor público que sou e atuante no desenvolvimento de crianças e adolescentes na rede pública municipal de Caucaia, vejo com imensa tristeza não poder receber o que é meu de direito pelo fato de não ter conta bancária naquela instituição que se apropriou do BEC. E a prefeitura de Caucaia também arrebanhou seus funcionários para tal exploração bancária esquecendo os bancos públicos e de economia mista e, mesmo assim, preferi continuar na Caixa, uma vez que temos na modernidade a facilidade da portabilidade, e agora o governo do Estado do Ceará esquece que alguns dos professores que prestaram serviços temporariamente, hoje se encontram desvinculados da SEDUC?!
Lamentamos a insensibilidade governamental que vincula o recebimento do precatório a um banco privado e eu que Não tenho e nem desejo conta bancária privada estou sendo “democraticamente” forçado a doar parte da “fortuna” que irei receber à exploração que não tem compromisso social e ainda, diariamente, cobrado por escritório de advocacia sobre o percentual a ele vinculado, segundo o sindicato APEOC.
Senhor governador, Elmano Freitas, libera a minha parte do precatório na minha conta bancária pública. Deve existir no governo alguém capaz de efetuar transferência de uma merecida quantia para outra agência bancária que não esteja vinculada a exploração capital privada.
Crédito Foto: Jornal O Povo